A CASA DA FAMÍLIA RURAL

A CASA DA FAMÍLIA RURAL

Trabalho dos produtores garante comida na mesa e balança comercial favorável

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A morte do patriarca, há três meses, foi o fator decisivo na vida profissional de Ida Beatriz Machado de Miranda Sá. Administradora por formação, hoje ela se denomina, com orgulho, uma produtora rural. Ela é apenas uma dentre milhares, que comemora nesta sábado (25.07) o dia do produtor rural.

 

Ida junto com um dos quatro irmãos administra a Fazenda Santa Fé da Machadinha, na região de Cáceres. “Com o avançar da idade do meu pai eu, meu esposo e filhos nos mudamos de Mato Grosso do Sul para darmos um suporte na fazenda até que ele veio a falecer”, revela. Ela conta que desde pequena viveu nas propriedades da família, por isso não foi nenhum sacrifício trocar a capital sul mato-grossense pela propriedade rural. “Sempre vi meu pai cuidado do gado, das coisas da fazenda e agora faço o que ele fazia”, resume.

 

O que mais preocupa a produtora rural é a pouca infraestrutura que cerca a propriedade. “Fico preocupada com a questão da educação das crianças já que não temos boas escolas próximas e nem profissionais da saúde. A maior dificuldade em morar na fazenda é esta, o que está em volta”, confessa.    

 

A propriedade possui 5 mil cabeças de gado, 1/3 deste total é de matrizes e a atividade econômica se baseia na cria, recria e engorda, com foco na venda dos animais para frigoríficos. “O maior gargalo da atividade é o pouco poder de negociação que o pecuarista tem com os frigoríficos”, avalia. “Na atualidade sofremos com preços dos insumos, tabelado em dólar, e a falta da mão de obra qualificada”, aponta a pecuarista.

 

Apesar das dificuldades citadas, Ida acredita que a pecuária de corte é um negócio que dá certo. “A Região de Cáceres é promissora, temos uma área vasta de pantanal e um ganho acima da média do mercado convencional. O que é preciso é planejamento da atividade”, ensina. “A profissão é uma das mais lindas, produzimos alimentos, então a mensagem que deixo para os colegas produtores é que façam projetos, identifiquem os problemas e encontrem soluções para minimizar os gargalos e reduzir custos. E o mais importante: tenham orgulho do seu trabalho”, afirma. “Parabéns pelo nosso dia”, comemora.

 

A atividade agropecuária também apresenta fator positivo na economia do país. Economistas apontam que a crise brasileira só não é maior por que agronegócio vem “salvando a lavoura”. Nos seis meses de 2015 a agropecuária foi a responsável pelo superávit da balança comercial brasileira. A Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou no inicio de junho que na composição do superávit obtido na balança comercial do Brasil no mês, que foi de US$ 2,76 bilhões, o setor agropecuário contribuiu com US$ 7,61 bilhões de saldo positivo, enquanto os demais setores da economia apresentaram mais de US$ 4,85 bilhões de déficit.

 

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