Sempre em busca de informação o produtor rural, Regis Rosa, participou das palestras de lançamento da Qualificação em Agricultura de Precisão do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) na noite de quinta-feira (15.01) em Água Boa (730 km de Cuiabá). Atualmente o uso de Agricultura de Precisão da sua propriedade se resume a utilização do GPS. "Sei que tem muito mais tecnologia para se aplicar e obter melhores resultados, mas para isso preciso me qualificar e o Senar-MT está apresentando uma oportunidade", afirma.
Além de Regis, outros 110 produtores rurais prestigiaram o projeto Soja Brasil, que foi realizado no Teatro Arena do município. O evento em Água Boa fechou a primeira semana de atividades desde que o projeto retornou a Mato Grosso, no dia 12 de janeiro. As palestras foram ministradas pelo professor José Paulo Molin, do Departamento de Engenharia de Biossistemas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) e pelo engenheiro agrônomo e Doutor em Ciências do Solo, Alan Acosta.
Água Boa possui 38 anos de emancipação política-administrativa e uma população aproximada de 22 mil habitantes. A base econômica está no agronegócio. A região possui três trading instaladas (empresa comercial exportadora), 570 mil cabeças de gado e nos últimos três anos viu a área plantada de soja sair de 50 mil hectares para 140 mil. "Observamos a chegada de muitos produtores na região que ajudou a expandir a área cultivada, mas muito desse crescimento se deve a reforma de pastagem, ou seja, recuperação de áreas degradadas", afirmou o presidente do Sindicato dos produtores rurais de Água Boa, Antonio de Melo, conhecido popularmente por Tonico.
Para o presidente, que tomou posse no último dia 05 de janeiro, Água Boa está em uma região que tem muitos pontos positivos para a produção de soja. "Enquanto muitos lugares sofreram com a escassez de chuvas, em Água Boa as chuvas foram mais regulares, temos duas saídas para escoar a produção e o bom relacionamento entre produtores e trabalhadores", cita.
As oportunidades de emprego também é um ponto positivo em Água Boa. "A dificuldade está em encontrar alguém preparado para ocupar o posto de trabalho. Eu mesmo estou procurando um vaqueiro, mas não encontro, porque o trabalhador prefere buscar uma vaga como operador de trator que é melhor remunerado", citou lembrando que se paga ao vaqueiro um salário mínimo e ao operador de três a quatro salários mínimos.
A analista de projetos do Senar-MT, Daniela Figueiredo, reforça que não faltam oportunidades no campo. "O que está faltando são pessoas preparadas para ocuparem os postos de trabalho que surgem. E o papel do Senar-MT é exatamente qualificar essas pessoas para atender as demandas dos produtores", afirma.
Em janeiro a caravana já passou por Porto Alegre do Norte, Querência, Canarana e Água Boa. Na próxima semana as atividades ocorrem em Campo Verde (19), Jaciara (20), Alto Garças (22), Alto Araguaia (22), e Alto Taquari (23). No total, serão 1,2 mil quilômetros rodados, com passagem por nove cidades em 12 dias de viagem. O público também terá a oportunidade de acompanhar palestras técnicas de patrocinadores do Projeto Soja Brasil. Na segunda semana, haverá edições especiais ao vivo do programa Mercado & Cia das 12h20, com apresentação do jornalista João Batista Olivi.
O Senar-MT faz parte de um conjunto de entidades que forma o Sistema Famato. Essas entidades dão suporte para o desenvolvimento sustentável do agronegócio e representam os interesses dos produtores rurais do Estado. É formado ainda pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) e pelos 87 sindicatos rurais do Estado. O Senar está no Twitter e no Facebook. Siga @senar_mt e curta a Fan Page (www.facebook.com/SenarMt