Foi dada a largada no projeto Soja Brasil 2017, em Mato Grosso. A primeira parada foi em Campos de Júlio, nesta segunda-feira (20.11). Num formato inovador, o evento teve a participação do público que pode responder perguntas feitas pelos palestrantes e, em seguida analisar os resultados. E assim foi possível saber a "quantas anda" a utilização de novas tecnologias na região.
Para o vice-presidente do Sindicato de Produtores Rurais, Alfredo Tomé esta é a segunda vez que o projeto começa em Mato Grosso, com o primeiro evento realizado em Campos de Júlio. "Para nós é muito importante porque traz conhecimento, informações e muitas novidades. Nossa expectativa é que no próximo ano a Caravana Soja Brasil comece novamente os trabalhos em nosso município".
Este ano o assunto principal do Soja Brasil é inovação tecnológica. "O futuro já chegou! O que a tecnologia tem a oferecer à agricultura" é o tema da palestra principal. O palestrante e engenheiro agrônomo João Henrique Rosa chama o público para uma reflexão sobre o futuro no setor do agronegócio. Ele questiona sobre a diferença entre agricultura de precisão e a digital e enfatiza que em breve o produtor rural será um gestor de máquinas e sistemas.
Mas o Soja Brasil não é só isso, também há palestra do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (SENAR-MT), onde os técnicos falam sobre o papel da entidade na capacitação e qualificação da mão de obra para o setor do agronegócio. Outro assunto é AgriHub, um programa de inovação e que tem como objetivo integrar os produtores rurais e empresas de inovações tecnológicas.
Em Campos de Júlio, foi fácil encontrar um produtor já conectado com o futuro. Leandro Bortoluzzi, conta que há quatro meses contratou um serviço que ajuda a fazer a gestão dos sistemas mecanizados. "É fantástico. Estes dias orientei o colaborador para que utilizasse uma rotação no trator e verifiquei, por meio deste sistema – que posso ver a partir do aplicativo no celular, que ele estava utilizando uma rotação maior. Conversei com ele e logo que ele baixou a rotação, o sistema mostrou uma redução no consumo de combustível", conta.
Outro fator importante para o produtor é a previsão meteorológica. "Temos três estações na propriedade que nos dá a previsão de tempo de hora em hora e de até 15 dias. Isso otimiza muito a aplicação dos insumos e auxilia na tomada de decisão". Apesar destas novidades auxiliarem o trabalho diário, Bortoluzzi reclama que falta mão de obra qualificada. "E o SENAR-MT é o nosso principal parceiro para enfrentarmos esse desafio. Este ano qualificamos e capacitamos três pessoas que nos ajudam a operar estes sistemas", enfatiza.
Na opinião dele, o AgriHub é primordial para disseminar as tecnologias, como também para identificar a falta de mão de obra qualificada e diversos outros problemas que os produtores enfrentam no seu dia a dia. "O Soja Brasil deste ano atrairá um público diferenciado e mostrará que o Mato Grosso é um estado que já utiliza muita tecnologia".
Na manhã desta terça-feira (21.11), em Campos de Júlio, os produtores se reúnem para conhecer melhor o AgriHub. Além disso, também terão oportunidade de conhecer algumas tecnologias apresentadas pelas empresas de inovação que participam do Conexão AgriHub.
