A CASA DA FAMÍLIA RURAL

A CASA DA FAMÍLIA RURAL

Diretor do Senar-MT relembra história do pai e convida para missa de 7ª dia

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Sete dias se passaram desde a partida de João Zanata, pai do diretor de Operações, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), Carlos Augusto Zanata, conhecido como Guto Zanata. Assim, em nome de sua família, convida parentes e amigos para a Missa de 7º dia, homenagem que acontece neste sábado às 18h, na Igreja Nossa Senhora de Guadalupe.

A tradição bíblica diz que a cerimônia do 7º dia é para homenagear aqueles que já partiram e também rezar por eles. É uma forma de mostrar o quanto a pessoa foi importante na vida daqueles que ficaram e que estão com os corações apertados de saudade. Também demonstra que mesmo com esta separação momentânea, será sempre lembrada com admiração, respeito e muito carinho pela sua trajetória aqui na Terra.

Há duas palavras capazes de se aproximar do que foi ele em sua passagem por este Planeta.

A primeira é REFERÊNCIA. Ele faleceu aos 86 anos, deixando esposa, três filhos, sete netos, quatro bisnetos e centenas de amigos, mas esta é só uma das palavras. Porque ele era extraordinário. Tinha uma relação diferenciada com cada ser humano que atravessava seu caminho. Para muitos, foi referência de pai amoroso e sempre pronto para dar uma palavra de conforto nos momentos difíceis, um sorriso nos momentos especiais e uma risada nos dias de alegria.

Ser humano incrível, educado, de postura fina, difícil de se encontrar nos dias de hoje. João Zanata foi um homem agregador, carismático e um líder nato. Ele deixou como legado mais que sua contribuição profissional para o mundo. Deixou o exemplo de um homem honesto, honrado, dedicado à família, ao trabalho e ao cultivo da terra.

A segunda palavra é FAMÍLIA. Ele era o tipo de homem que fazia questão de participar de todas as comemorações: casamentos, formaturas, aniversários, almoços, datas comemorativas, viagens ou até mesmo um café no fim da tarde.

Trajetória de vida

Nascido no Sítio Duas Covas em Andirá (PR), menino simples, alfabetizado aos 11 anos e desde então, sempre o primeiro aluno da sala. Casou-se aos 26 anos com Maria Luiza, teve três filhos e só depois foi para a faculdade onde se formou em Economia.

Trabalhou no Banco do Estado do Paraná (Banestado) como gerente, e teve oportunidade de morar em várias cidades. Em 1980, resgatou a lida com o campo. Veio com a família para Diamantino gerenciar uma Fazenda onde era cultivado arroz, soja e a criação de gado. Depois se tornou gerente financeiro e administrativo da Usina Coprodia, quando a empresa estava nascendo e por lá permaneceu por 23 anos. Neste período viveu nas cidades de Diamantino, Cuiabá, Campo Novo do Parecis e Tangará da Serra.

Depois de encerrar sua jornada na Coprodia, se aposentou e voltou para Tangará da Serra onde tinha uma propriedade rural. Começou a criar frango de corte e a lidar com a bovinocultura. Lá, desenvolveu suas atividades até seus últimos dias.

João Zanata amava a vida e a viveu com plenitude. Deixa muita saudade não só para a família, que foi seu principal legado, como para centenas de amigos com quem convivia por longa data. Todos sentirão falta do seu riso fácil, da conversa inteligente, da palavra amiga e da presença física. Entretanto, o conforto toma conta dos corações saudosos na certeza de que continua a sua jornada em outro plano.