Produtores rurais da cadeia produtiva da bovinocultura de corte estão buscando melhorias na produtividade por meio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT). O programa já atende cerca de 700 propriedades nessa área e a demanda é crescente.
Dentre as propriedades já atendidas está a Estância Miranda, localizada no município de Jauru. O pecuarista Ló Pereira de Miranda, hoje com 70 anos, está na região há mais de 50. Junto com a família, ele toma conta de 400 cabeças de gado. Atendido por meio do técnico de campo credenciado ao Senar-MT, Erivelton Mota, ele já percebe a diferença com a assistência da ATeG.
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“Com a chegada do Senar-MT, a gente aprende uma técnica melhor. Ele incentivou a comprar tronco de contenção para ter um melhor trabalho. Minha mão de obra é simples, mas é preciso investir pra melhorar. Essa fazenda é o meu sonho. Minha vida está aqui. Todo o meu tempo está aqui. Eu tenho 70 anos, Deus me deu, meu sonho foi realizado e agora eu preciso conservar esse presente de Deus”, afirma.
Na bovinocultura de corte, a ATeG pode auxiliar com dados sobre cria, recria, engorda e reprodução. Uma das metas futuras é colocar à disposição dos produtores rurais atendidos um médico veterinário para orientar sobre a reprodução dos animais.
O coordenador da ATeG em Mato Grosso, Armando Urenha, destaca que a ideia é organizar a propriedade na gestão, manejo, sanidade, instalações, reprodução e nutrição. “Uma vez que elas estejam organizadas com apoio do técnico, vamos conseguir grandes avanços nos indicadores”, afirma.
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Para o futuro, a meta é investir na reprodução e melhoramento genético conforme o objetivo de cada produtor seja cria, recria ou engorda. “Mato Grosso possui o maior rebanho bovino e muitos produtores migram para a atividade. O Senar-MT está aqui para orientar essa mudança e os passos mais importantes na cadeia produtiva”, destaca Urenha.