Na segunda-feira (14), o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), Tiago Mattosinho, e o superintendente da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/MT), Valdiney Antônio de Arruda, assinaram, na presidência do Senar Mato Grosso, um termo de adesão para realização de uma turma do programa Campo Aprendiz. O diretor executivo da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Décio Tocantins, assinou o documento como testemunha.
Para o Senar-MT, este termo é importante para o setor produtivo, já que a instituição representa os produtores, que têm interesse em manter suas propriedades regularizadas e contribuir para que não hajam casos de emprego de trabalhadores sob o regime análogo à escravidão.
O “Campo Aprendiz” é um programa de formação profissional rural, com metodologia de ensino voltada aos aprendizes de 18 a 24 anos, para o ingresso no mercado de trabalho, e que atende à demanda gerada pela Lei nº. 10.097/2000, regulamentada pelo Decreto nº. 5.598/2005. O objetivo é capacitar jovens e adolescentes para ingressarem no mercado de trabalho.
Com o Campo Aprendiz, foi possível juntar um dever legal dos produtores à necessidade de formar operadores de máquinas em um curso de 960 horas. “O mais importante é que estamos dando oportunidade para um jovem com vulnerabilidade social, que pode, após seis meses de treinamento, chegar a ganhar R$ 1,2 mil, que é um salário de um tratorista inicial e com uma perspectiva de ganhar até R$ 3 mil. É a oportunidade de dar um salto social”, destaca Mattosinho.
Para o superintendente da SRTE, todos ganham com a imagem que se construiu com essa parceria, pois é uma ação pró-ativa, que tem resultado. “A imagem que o Estado tem demonstrado para o mundo e para quem exporta é de que não tolera essa prática. Isso faz com que nossos produtos agreguem valor social, o que em um mundo competitivo pode ser uma vantagem na comercialização”, afirma.
O diretor executivo da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Décio Tocantins, acrescenta que foi uma boa iniciativa o Senar-MT fechar uma parceria com o SRTE, por meio do projeto Ação Integrada. “O curso de Campo Aprendiz é muito bom e queremos que tenham sempre mais turmas ocorrendo. Precisamos de pessoas para trabalhar no campo, pois hoje o apagão é de mão de obra”, ressalta.
A Desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho, Maria Beatriz Theodoro, que esteve presente na ocasião, parabenizou a iniciativa e, de acordo com o que verifica em seu trabalho, sugeriu que as orientações sobre o que é trabalho escravo e como o produtor rural deve proceder para cumprir as legislações trabalhistas sejam levados também a médios produtores. “Temos propriedades que fazem a diferença e são empregadores, mas esses produtores estão carentes de informações com relação a segurança e direitos trabalhistas”, observa.
O Senar está no Twitter e no Facebook. Siga @senar_mt e curta a Fan Page (http://www.facebook.com/SenarMt) da instituição de ensino rural que está presente em todos os municípios de Mato Grosso, atuando em parceria com os 87 sindicatos rurais. Faz parte do Sistema Famato, assim como a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA-MT).