Produção pode sim ser conciliada com a preservação. Esse foi o principal assunto defendido por Francisco Graziano Neto na palestra com o tema “Desenvolvimento Sustentável”, proferida durante o “I Simpósio Internacional Direitos Humanos e Meio Ambiente” na manhã desta sexta-feira, dia 13 de setembro de 2013, na Faculdade de Direto da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
O evento, que se iniciou na quinta-feira, dia 12, termina hoje à noite, e é organizado pelo Programa de Pós-Graduação Mestrado em Direito Agroambiental, tem o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) e é realizado pela UFMT e Universidade Federal do Pará (UFPA).
Na ocasião, o presidente do Conselho Administrativo do Senar-MT, Rui Prado, ressaltou a importância da parceria entre o Senar e a universidade para discutir temas relacionados ao meio rural. “Eu acredito que essa aproximação do setor de produção agropecuária aqui do estado com a universidade é muito importante, pois uma nação, um país, só se desenvolve se nós aplicarmos o conhecimento que é gerado nas universidades, em especial aqui na universidade de Mato Grosso”, enfatizou.
Para Graziano, o agricultor hoje no Brasil se preocupa em aliar produtividade e tecnologia com conservação. “Acho que Mato Grosso está em um bom momento, que tem uma agricultura hoje que chama atenção do país e do mundo todo e, ao mesmo tempo, tem muita área natural preservada, representando 62% de seu território”, afirma. “Isso é possível fazer: o Mato Grosso ser o estado que vai liderar o Brasil em termos de agropecuária sem, entretanto, causar depredação de todo seu território.”
Na opinião do professor Carlos Teodoro Irigaray, um dos organizadores do Simpósio, a cooperação com o Senar e com o Sistema Famato enriquece o debate sobre meio ambiente, na medida em que traz um contraponto às discussões que se faz com relação à sustentabilidade, à conservação ambiental. “Essa temática num estado como Mato Grosso, que é fronteira agrícola e tem um grande potencial de produção agropecuária, precisa ser amplamente discutida visando um aprimoramento do nosso sistema de produção, da nossa legislação e de que efetivamente possamos seguir produzindo com sustentabilidade.”
O segundo palestrante, Rodrigo Justus, destaca que a área de produção está intrinsecamente ligada à legislação do “Novo Código Florestal”, tema de sua palestra, em que comenta, não só as alterações que a legislação trouxe, mas também o lado das obrigações e dificuldades que os produtores têm a partir de agora. “Nenhum país do mundo tem uma legislação ambiental tão avançada quanto o Brasil e para o setor produtivo agrícola e pecuário é um desafio agora tirar a lei do papel e colocar na prática”, ressalta.
As últimas palestras do Simpósio ocorrem na noite desta sexta, conforme programação:
13 de setembro: 19h30-22h
– Prof. Dra. Eliane Cristina Pinto Moreira (Prof. do PPGD-UFPA, promotora de Justiça PA). Tema: Direitos dos Povos Tradicionais: Afirmação e aplicação.
– Maria Claudia Brauner, Doutora em Direito do Estado pela Universidade de Toulouse. Pós-Doutora em Direito pela Universidade Paris1- Panthéon-Sorbonne. Professora da Universidade Federal do Rio Grande; coordenadora da proposta do Mestrado em Direito e Justiça Social.
“Acesso aos recursos genéticos no Brasil: desafios para proteger a biodiversidade e promover o desenvolvimento sustentável”
O Senar está no Twitter e no Facebook. Siga @senar_mt e curta a Fan Page (http://www.facebook.com/SenarMt) da instituição de ensino rural que está presente em todos os municípios de Mato Grosso, atuando em parceria com os 87 sindicatos rurais. Faz parte do Sistema Famato, assim como a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA-MT).