Nesta sexta-feira, dia 8 de março, comemoramos o Dia Internacional das Mulheres. A cada dia que passa, elas conquistam mais espaço. Se no início do século passado não tinham alguns direitos como o voto ou o divórcio, e, principalmente, permaneciam, em sua maioria, restritas a poucas profissões consideradas femininas; no final da década de 1990; elas já haviam avançado no mercado de trabalho.
De uma forma geral, esse avanço continua no século XXI, inclusive em profissões onde predominavam apenas homens. No campo não é diferente. Elas são médicas veterinárias, engenheiras agrônomas e florestais, pecuaristas, agricultoras, administradoras de fazendas, operadoras de máquinas entre outras profissionais.
No Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), elas são colaboradoras, instrutoras e também participantes dos cursos e treinamentos oferecidos pela instituição de ensino. Conheça a história de uma participante do Programa Especial Campo Aprendiz, voltado para mecanização agrícola, e oferecido pelo Senar-MT em Cuiabá.
Persistência! Esta é a palavra de ordem na vida de Cláudia Fabiana Marques de Oliveira, 19 anos, participante do Campo Aprendiz.
O casamento de dois anos e a maternidade de Carlos Eduardo, hoje com um ano, não impediram a jovem de correr atrás de um sonho de infância: pilotar máquinas pesadas e estudar mecânica. “Faltava só essa oportunidade para eu crescer. Vou até o fim. Não desisto, é o que quero pra minha vida!”
Em 2011, Cláudia se inscreveu para participar de um curso de mecânica motor a Diesel. Ficou em dúvida se daria certo, porque era casada e estava com um filho de seis meses. “No começo, meu marido não gostou da ideia, mas falei ‘Se você não quiser ficar comigo por causa do meu emprego, saiba que não vou parar. É o meu sonho’. Até hoje ele está comigo, me apoiando”, lembra ela.
Em um ambiente de trabalho com predominância masculina, ela diz não se incomodar e que os colegas a tratam com igualdade. “Entre eles, sinto como se fossem meus irmãos. Eles mesmos me falam muitas vezes: ‘Cláudia, não desista! Você põe qualquer um aqui no chinelo'”.
O instrutor do curso, Gilmar José da Silva, afirma que, em geral, as mulheres operadoras de máquinas são mais cuidadosas, observadoras e perspicazes e que Claúdia tem tudo para ser uma excelente profissional nesta área. “O desempenho dela a coloca entre os três melhores operadores do curso. É dedicada, tem vontade de aprender e faz todas as atividades que lhe são pedidas igual a todos, desde trocar baterias a pneus”, ressalta.
Missão
Às mulheres que, como ela, querem se destacar profissionalmente, Cláudia dá seu recado. Segundo ela, muitos fatores a influenciam a seguir em frente, mas já chegou a pensar que não iria conseguir realizar nada. “Tem muitas mulheres que querem trabalhar em empregos que são ocupados em sua maioria por homens e são muito discriminadas. Mas temos que vencer o medo e mostrar a todo mundo que podemos ser melhores que qualquer um. Não se trata apenas de ter coragem, tem que ter uma missão, pensar maior. Basta querer.”
O Senar-MT se orgulha de também contar com o trabalho de mulheres para levar suas atividades de qualificação ao campo e as parabeniza pelo seu dia!
O Senar está no Twitter e no Facebook. Siga @senar_mt e curta a Fan Page (http://www.facebook.com/SenarMt) da instituição de ensino rural que está presente em todos os municípios de Mato Grosso, atuando em parceria com os 87 sindicatos rurais. Faz parte do Sistema Famato, assim como a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA-MT).