A revista eletrônica MT Agronews (http://mtagronews.blogspot.com.br) divulgou a melhora na produção de leite que ocorreu em uma propriedade do município de Santa Carmem (a 531 km de Cuiabá). O segredo está nas adequações feitas pelo proprietário, Irineu Farth, depois de ter recebido orientações do instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), Agnaldo Manhezzo, que realiza projeto em parceira com a Embrapa Agrosilvopastoril-Sinop. Hoje a propriedade é uma Unidade de Referência Técnica (URT)
De acordo com a reportagem, Mato Grosso possui cerca de 21 mil propriedades leiteiras, que produzem em média 92 litros por dia. Os números foram divulgados pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e mostram que o Estado responde por 2,3% da produção nacional de leite, ocupando a 10ª posição no ranking nacional.
A repórter Fabrícia Viêro conta que o produtor possui 7 mil hectares onde mantém 20 vacas das raças girolando e holandesa, sendo que 11 estão em período de lactação, produzindo cerca de 13 litros por dia cada uma. Mas, antes a média era de 8 litros. “A gente está feliz com evolução e vai investir mais ainda”, declarou o produtor.
O salto na produção aconteceu porque o produtor implantou várias modificações na propriedade. Com o auxilio de um projeto do realizado pelo Senar em parceria com a Embrapa agrosilvopastoril o sítio dele se transformou em uma URT, Unidade de Referencia Tecnologica. O projeto tem cerca de um ano. Nesse período Farth investiu R$ 15 mil em equipamentos e estrutura com auxilio do instrutor do Senar, Agnaldo Manhezzo.
Segundo o instrutor, as primeiras providencias foram feitas nas pastagens com o sistema integrado com lavoura e pecuária. O curral de ordenha é antigo, mas foram feitas algumas adequações. A alimentação do gado também recebeu atenção. Hoje a base é de silagem de milho, a cana-de-açúcar em pé e a ração completam o cardápio alimentar das vacas, garantindo o leite. “Alimentação é básica em qualquer ser vivo. Como nos vamos tratar desses animais na seca? Temos que pensar em uma capineira, numa silagem ou feno. Seja lá qual for a alternativa, senão o produtor de leite é massacrado, ele não tem como ficar comprando rações e rações para sustentar o gado na seca”, diz o instrutor. “A pastagem, na seca, só atende 20% da necessidade de um animal. Com isto começamos a implantar, gradativamente, com custo acessível para o produtor e esperamos com isso passar a seca dentro de condições permitidas para produzir um leite de qualidade”, completa Manhezzo.
Na URT o projeto visa o aproveitamento máximo da forrageira, o rotacionado é uma das opções implantadas. As vacas pastejam dois dias e depois a área descansa de 28 a 32 dias para a recuperação da vegetação. Neste sistema são colocadas de três a quatro vacas em um hectare e meio. O instrutor explica que quanto menos o animal andar e gastar energia, mais leite irá produzir. Ele afirma que pesquisas indicam que o sombreamento diminui o estresse e ajuda a aumentar em até 20% a produção leiteira.
“Nós queremos que o produtor consiga produzir acima de 400 litros de leite, com custo baixo, no máximo 30% da produção o leite. E que o laticínio reconheça os valores nutricionais do leite, com baixos índices de células somáticas, com baixo índice de Controle de Bactérias Total”, afirma o instrutor. “O melhoramento genético, melhoramento da qualidade do leite e melhoramento da pastagem é o tripé do nosso sucesso”, resume o instrutor.
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A instituição faz parte do Sistema Famato que é a união do Senar, Famato, Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e os 86 Sindicatos Rurais de Mato Grosso.