A CASA DA FAMÍLIA RURAL

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Formar profissionais para atuar em ATeG é um dos desafios do SENAR

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Brasília (25/10/2016) – Faltam profissionais preparados para prestar assistência técnica em projetos que envolvam práticas de baixa emissão de carbono no Brasil. A constatação foi feita pelo superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) de Mato Grosso do Sul, Rogério Beretta, durante o evento “Assistência técnica, difusão de tecnologia e financiamento: caminhos para a consolidação da Agropecuária de Baixo Carbono”, nesta segunda-feira (24/10), no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília.

 

Beretta participou do painel “A qualidade da assistência técnica no campo. Os profissionais estão preparados para o ABC?”. Ele explicou a metodologia de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do SENAR e apresentou o trabalho que vem sendo desenvolvido em Mato Grosso do Sul há 4 anos. No Estado, aproximadamente duas mil propriedades de diversas cadeias produtivas, como bovinocultura de leite e de corte, hortifrúti, piscicultura e heveicultura, além do Projeto ABC Cerrado, são atendidas por 80 técnicos.

 

“A resposta para a pergunta deste painel é não. Não temos profissionais preparados e com habilidade para atuar na agricultura de baixo carbono. É uma dificuldade muito grande encontrar técnicos. Precisamos investir em capacitação e uma das nossas ideias é nos aproximarmos das universidades para proporcionar um contato maior desses alunos com a ATeG do SENAR”, destaca.

 

O coordenador nacional de ATeG do SENAR, Matheus Ferreira, revela que a iniciativa poderá gerar parcerias com faculdades de Agronomia, Zootecnica, Medicina Veterinária, Engenharia Florestal e cursos técnicos agrícolas para oferecer estágios na entidade. Dessa forma, ressalta ele, os estudantes chegariam mais preparados ao mercado e poderiam “fazer a diferença para o produtor rural”.

 

Ferreira também elogiou o empenho que a Administração regional do SENAR/MS vem fazendo na área de ATeG, principalmente na estruturação da equipe e na capacitação dos técnicos de campo. “O Mato Grosso do Sul talvez seja um dos melhores exemplos de desenvolvimento de ATeG para a implantação de tecnologias sustentáveis. O investimento tem aumentado a cada ano e os resultados estão aparecendo. É por isso que eles estão hoje aqui, contando a sua experiência nesse evento”.

 

A mesa-redonda foi promovida pela Sociedade Rural Brasileira (SRB) e outras instituições. O objetivo principal foi divulgar projetos de assistência técnica e difusão de tecnologias em diferentes segmentos do agronegócio. O encontro também serviu para debater com a iniciativa privada, pública e sociedade civil, estratégias para alavancar e consolidar práticas de baixa emissão de carbono na agropecuária que resultem em ganhos de produtividade e rentabilidade.