Formada em pedagogia, Vandercleia Prochnow deixou as salas de aula para se tornar produtora de queijos artesanais no Distrito da Guia. Sua agroindústria familiar é atendida pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar-MT há mais de dois anos, e este ano ganhou medalha de ouro no 3º Mundial de Queijo do Brasil.
A pedagoga não se identificou lecionando e entre 2018 e 2019 começou a empreender, ordenhando manualmente com a ajuda dos filhos e do marido. Aos poucos, com o aumento dos lucros, foi investindo cada vez mais em seu negócio e o que começou com a produção apenas para consumo próprio, se tornou um negócio rentável.
A família produz tanto leite quanto os queijos, e juntos conquistaram a Medalha de Ouro em 2024 no 3º Mundial de Queijo do Brasil que aconteceu em São Paulo no mês de abril, com o mais pedido de seus produtos, o Requeijão de Corte. Também produzem o autoral queijo Berta e o Minas Frescal, sendo vendidos em feiras e sob encomendas.
Vandercleia relata que a assistência técnica e gerencial foi essencial para o aumento da sua produção de leite. “Eu digo para todos que a ATeG foi um divisor de águas nas nossas vidas. Eu a conheci na primeira edição da Feira Natural do Campo e busquei ser atendida para solucionar um gargalo na minha propriedade. A técnica me auxiliou no que era necessário para evoluir na produção do queijo artesanal, e foi quando tudo mudou”, disse a produtora.
A técnica de campo da cadeia de agroindústria, agrônoma Paula Tatiana Lopes Seixas, começou a atender a propriedade em 2022. Ela conta que no início orientou a produtora e realizaram um planejamento estratégico para adaptar e implantar na propriedade, tanto no curral quanto na queijaria, para que as dificuldades fossem sanadas até a emissão do Certificado de Inspeção Municipal, e hoje a produtora possui a primeira queijaria certificada de Cuiabá.
“O processo de regularização sanitária e ambiental é um processo demorado porque envolve a atuação de vários profissionais. Foi um trabalho construído em conjunto com a produtora e o interesse em regularizar faz toda a diferença”, ressaltou a agrônoma.
A ATeG auxiliou a produtora não só a fazer um produto de qualidade, mas também oferecer segurança alimentar, além de orientá-la a regularizar sua agroindústria, dessa forma tentar atrair mais clientes a adquirir seu produto. Sem contar que a certificação significa que a queijaria é autorizada para comercialização formal, que inclui empórios, supermercados, e demais estabelecimentos.