Com a perda florestal brasileira aumentando, a importância do florestamento e reflorestamento foi destaque no Curso do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) e Sindicato Rural de São Félix do Araguaia, finalizado nesta sexta (18).
O analista ambiental, Felipe Salles Ramos, inscrito no treinamento, aponta um dos grandes desafios que observa na região para os produtores rurais. “A maior dificuldade é a aplicação da legislação ambiental e a sensibilização de quem usufrui da floresta como é o caso do produtor em geral”.
Para Waldete Santana, engenheira florestal e instrutora da capacitação, o produtor rural necessita reflorestar corretamente de acordo com o Órgão Ambiental, a Legislação e o Código Florestal. “Existe uma demanda dos produtores sobre reflorestamento, e para isso, é preciso diferenciar uma área degradada de uma área obrigatória, de Áreas de Preservação Permanente (APP) ou de áreas de uso restrito”, exemplificou.
O curso abordou melhores técnicas para o reflorestamento de uma área no tempo mais breve possível como métodos de recobrimento entre três e cinco anos, além de informações sobre as políticas nacionais ligadas ao meio ambiente, biomas brasileiros e esclarecimentos aos produtores rurais sobre situações que podem configurar crimes ambientais no país.
A partir do aprendizado, os participantes realizaram uma atividade prática de reflorestamento com fim ecológico com o uso de 36 espécies nativas como o jacarandá, baru, ipê, jatobá, açaí, caju, aroeira, entre outras.
O treinamento apontou ainda alternativas de aperfeiçoamento para pequenos empreendimentos como a da participante Rosa Oliveira, que há um ano, vende mudas nativas e plantas para amigos e conhecidos. “Percebi que posso vir a trabalhar futuramente com uma quantidade maior de mudas, principalmente as frutíferas e com maior diversidade, buscando melhorias no meu próprio desempenho com as plantas, gerando mais renda”, acrescentou.
Assessoria de Imprensa/ Sindicato Rural de São Félix do Araguaia/ Sônia Kaingáng