O pesquisador do Instituto Volcani, de Israel, Beni Lew esteve, na tarde desta quinta-feira (08.03), reunido com representantes de instituições de ensino, de entidades ligadas ao agronegócio e também de sindicatos rurais de Mato Grosso. O encontro promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizado Rural de Mato Grosso (SENAR-MT) aconteceu no auditório da instituição, em Cuiabá (MT). Beni Lew falou das pesquisas que estão sendo desenvolvidas pelo Volcani e contou um pouco sobre Israel, considerado referência quando o assunto é inovação tecnológica.
Israel é um país do Oriente Médio que faz fronteira com o Líbano, a Síria, a Cisjordânia, a Jordânia e o Egito e foi escolhido por ser considerado um dos mais avançados quando o assunto é tecnologia. Apesar de ser considerado pequeno, Israel é sede de pelo menos 500 empresas somente do setor de ciências e tecnologia. Vale destacar que pelo menos 40% da verba do país é destinado ao progresso científico.
Desde a sua fundação, Israel investe em pesquisas. Primeiro para resolver as dificuldades encontradas em sua terra infértil e, depois acabou tornando-se o pioneiro em biotecnologia agrícola, irrigação por gotejamento, solarização dos solos, reciclagem de águas de esgoto para uso agrícola e utilização do enorme reservatório subterrâneo de água salobra do Negev.
Já no Centro Volcani – Organização de Pesquisa Agrícola (ARO) agrega os institutos de Ciência das Plantas, Ciência Animal, Proteção de Plantas, Ciências dos Solo, Água e Meio Ambiente, Engenharia Agrícola e Ciências de Pós Colheita e Alimento. Lew ressaltou dezenas de pesquisas que são desenvolvidas por cada um destes institutos.
O ARO também opera quatro estações de pesquisas em regiões diferentes do país e serve de centro de testes para produção e de equipamentos agrícolas. O pesquisador conta que o instituto acumula conhecimento na agricultura sob condições áridas, em solos marginais, irrigação usando efluentes e água salina e cultivos em ambientes protegidos.
Mas não é só isso. A lista tem dezenas de outras áreas como a piscicultura em condições de pouca oferta de água, redução de perdas da produção com o uso de métodos modernos de controle de pragas e armazenamento de baixas perdas pós-colheita e dezenas. Isso sem falar em melhoramento genético de plantas e animais adaptados para condições adversas.
O evento teve a participação de representantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT- Campus Sinop), Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Associação de Aquicultores de Mato Grosso (Aquamat), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Sebrae, Embrapa, Instituto Matogrossense de Algodão (IMA), SENAR-MG, Associação Matogrossense de Produtores, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária. Além de todas estas entidades, também participaram deste encontro representantes de grandes grupos do setor do agronegócio e produtores rurais participaram do evento.