A CASA DA FAMÍLIA RURAL

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Evento marca início de assistência técnica do Senar-MT em Pontes e Lacerda

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Uma das novidades da 23ª Expoleste, que começou na última sexta-feira (31.07) é o evento que marca o início das atividades do SENARtec Leite, em Pontes e Lacerda, localizada a 420 quilômetros de Cuiabá. O evento acontece nesta quarta-feira (05.08), no Parque de Exposição, às 18 horas. O presidente do Sindicato Rural do município, Nilmar Miotto diz que a expectativa é que o SENARtec Leite transforme a vida dos produtores de leite da região.

 

O presidente assumiu o Sindicato Rural de Pontes e Lacerda em janeiro de 2015 e afirma que sua principal meta é ter 400 associados até o fim de seu mandato. “Nos últimos meses mais de 50 produtores se sindicalizaram. Queremos agregar e fortalecer o produtor rural de Pontes de Lacerda”, diz o presidente.

 

Ele aproveita para contar que além do SENARtec Leite, o estande do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) tem atraído muito a atenção dos visitantes no Parque de Exposições. “A Vitrine da Carne chama a atenção”, ressalta.

 

Além disso, as oficinas realizadas dentro do contêiner também têm chamado atenção. Nos primeiros dias foi realizada em parceria com o Sindicato Rural a oficina de Segurança no trabalho – NR 38.1. Entre os dias 06 e 09 de agosto acontece a oficina de Manutenção de tratores.

 

A mobilizadora do Senar-MT, Madalena dos Santos, acrescenta que os treinamentos mais procurados pelos produtores rurais são os de Inseminação Artificial, Doma, Rédeas, Manutenção de Máquinas e Implementos Agrícolas de uma forma em geral e o de Segurança no Trabalho. “Os de Normas Regulamentadoras, de uma forma geral, são bem procurados”, diz a mobilizadora.

 

O evento SENARtec Leite, que acontece nesta quarta, em Pontes e Lacerda também marca o início de uma nova frente de trabalho do Senar-MT. “O papel da instituição de ensino rural sempre foi qualificar e capacitar os trabalhadores do campo e a partir de agora também passa a oferecer assistência técnica”, ressaltou o presidente do Sistema Famato/Senar, Rui Prado.

 

A Bovinocultura de Leite será a primeira cadeia produtiva a ter a assistência técnica, por meio do SENARtec Leite, que tem por objetivo melhorar a qualidade e a produção do leite no Estado. Prado lembrou que um dos maiores problemas enfrentados pelos produtores rurais em Mato Grosso é a falta de assistência técnica. “Essa demanda é grande e antiga, e quem sofre mais são os pequenos e médios”.

 

Num primeiro momento o Senartec Leite atenderá 120 propriedades na região de Pontes e Lacerda por um período de dois anos.  De acordo com o gerente de Educação Formal e Assistência Técnica, Armando Urenha, o SENARtec Leite contará com a ação do supervisor técnico do Senar-MT e outros quatro técnicos de campo. “O programa irá capacitar os produtores rurais, transportadores  e os técnicos dos laticínios, abrangendo uma grande gama da cadeia produtiva”.

 

Urenha acrescenta ainda que os produtores rurais irão participar de vários outros treinamentos de Formação Profissional Rural (FPR) do portfólio do Senar-MT e também participarão da qualificação Negócio Certo Rural (NCR), que tem como foco principal o empreendedorismo, visando o fortalecimento do agronegócio.

 

BOVINOCULTURA DE LEITE – Mato Grosso é o oitavo produtor nacional de leite, registrando uma produção anual de 618 milhões litros, o que representa 3% da produção brasileira. Apesar disso, nos últimos 10 anos a produção de leite cresceu 154,29%.  Mesmo com as dificuldades, a cadeia produtiva está em expansão no Estado.  Em Mato Grosso, a região Oeste, onde está localizada Pontes e Lacerda é responsável por 43% da produção, ou seja, 264.914 milhões de litros/ano.

 

Dados do Instituo Mato-grossense de Pesquisa Agropecuária (IMEA), apontam que 84% das propriedades produtoras de leite contam com mão de obra familiar. A média da produção é de 5,9 litros por dia e apenas 2,9% contam com assistência técnica. Deste total 2,6% recebem orientação dos laticínios e 0,3% assistência técnica do setor público. “Outro dado preocupante é que cerca de 50% dos filhos de produtores de leite informaram que não pretendem continuar na atividade”, ressalta o analista do Imea, Daniel Latorraca.