A CASA DA FAMÍLIA RURAL

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Senar-MT oferece treinamento gratuito para qualificar profissionais nesta área

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Os cuidados com os cascos podem aumentar a produtividade de vacas leiteiras. A informação foi divulgada na última semana em um programa de TV que falou sobre a importância de profissões como a de casqueador. Segundo o programa, uma propriedade do interior do Estado de São Paulo registrou que vacas leiteiras aumentaram a produtividade em até 10% com o tratamento de casqueamento.

 

Entretanto, o mercado de trabalho é carente deste tipo de mão de obra qualificada. Para preencher esta lacuna os paulistas estão pagando até R$ 1 mil para participar de um curso de capacitação em casqueamento. A intenção é que o retorno do investimento seja positivo, já que o casqueador bem treinado recebe cerca de R$ 60, por animal casqueado.

 

Em Mato Grosso, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) oferece gratuitamente aos produtores e trabalhadores rurais o treinamento de 24 horas "Casqueamento Preventivo de Bovinos". Durante a capacitação o participante recebe orientações sobre a função e finalidade do casqueamento, ferramentas e como utilizá-las, anatomia dos cascos, tipos de cascos, métodos de casqueamento (parte teórica) e prática no casqueamento (demonstração da técnica).

 

O médico veterinário do Grupo Cinco Estrela, Alamir Borges, informou que na fazenda onde trabalha são realizados dois tipos de casqueamento: o preventivo e o curativo. "O casqueamento preventivo é um manejo que permite através do aparo funcional dos casos reestabelecer o aprumo do animal e a distribuição do peso entre as unhas e o curativo é aquele que trata de alguma infecção já estabelecida", explica o veterinário.

 

De acordo com Borges, o plantel da fazenda conta com cerca de 400 cabeças de gado de elite e comercial das raças Gir leiteiro e Girolando. "Fazemos o tratamento até mesmo no gado comercial pelo menos duas vezes por ano. Agora, nos animais de elite o casqueamento é feito de cinco a seis vezes ao ano, sempre 30 dias antes da participação dele em exposições".

 

O veterinário alerta que se o cuidado não for tomado o pecuarista sofre o risco de ver o seu rebanho ter a vida útil reduzida. "Pode haver um descarte precoce desse animal, pois ele pode sentir dor no local, parar de comer, de beber água e consequentemente perder peso e reduzir a produção de leite".

 

De acordo com o produtor de gado Girolando da região de Cáceres, Luciano Lacerda, manter os cascos do gado em dia é muito mais do que estética é uma preocupação com a saúde e o bem estar do animal. Atualmente ele cria 400 cabeças de gado. "Não temos mão de obra em Mato Grosso para fazer este trabalho. Tenho conhecimento de dois profissionais que trabalham com gado de elite e que cobram R$ 40 por animal ", informou. "Minha intenção é formar a mão de obra na minha propriedade para ser um trabalho de rotina. Para isso conta com parceria do Senar-MT" , antecipa.

 

Para mais informações procure o sindicato rural do seu município. Acesse o site do Senar-MT http://www.sistemafamato.org.br/portal/sindicatos/ e pesquise os contatos.

 

O Senar-MT faz parte de um conjunto de entidades que formam o Sistema Famato. Essas entidades dão suporte para o desenvolvimento sustentável do agronegócio e representam os interesses dos produtores rurais do Estado. É formado ainda pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) e pelos 87 sindicatos rurais do Estado. Curta a Fan Page do Senar-MT no facebook (www.facebook.com/SenarMt).