Para o mês de março, estão programados 390 treinamentos para serem realizados em Mato Grosso através de parcerias entres sindicatos rurais, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), prefeituras municipais e empresas.
O treinamento de "Instrução Normativa (IN) 62 – Qualidade do leite" oferecido pela instituição será realizado em quatro municípios no mês de março: Água Boa (11/03), Nova Lacerda (18/03), Campinápolis (25/03) e São Félix do Araguaia (25/03).
Na opinião do presidente do sindicato rural de Campinápolis e da Cooperativa de Produtores de Leite de Campinápolis (Campileite), Joaquim José de Almeida, o curso foi solicitado através da parceria com o Senar-MT para qualificar os cooperados.
"Queremos sensibilizar o produtor de leite, mostrando que é necessário ter noção de boas práticas na pecuária de leite, se preocupando com a higiene durante a ordenha e a alimentação do gado", afirma.
Dos cerca de 800 cooperados, 410 são pecuaristas de gado de leite. Com uma produção de 46 a 50 mil litros de leite/dia, seu Joaquim informa que em dezembro foram produzidos 1,438 milhão de litros. "Nossos produtos são comercializados inclusive nos municípios do interior de São Paulo, como Campinas e Barretos", ressalta.
Sobre o IN 62
O analista de educação profissional rural do Senar-MT, Wlademiro Neto, explica que o objetivo do treinamento "IN 62 – Qualidade do leite" é apresentar os procedimentos legais que regulamentam a qualidade do leite no Brasil.
"Um dos grandes limitadores da produção de leite é a mastite. Essa doença diminui a produção dos animais e pode estar presente no rebanho sem apresentar sinais clínicos", afirma. "Neste treinamento, o produtor vai aprender maneiras simples de diagnosticá-la e controlar sua disseminação, melhorando sua produção."
Para o instrutor de bovinocultura de leite, Marcelo José Faria Brasileiro, este treinamento tem o objetivo de melhorar a qualidade do leite, a fim de que o laticínio também seja beneficiado. "Quando a ordenha é feita corretamente, a quantidade de bactérias presentes no leite diminui, a produtividade aumenta e o tempo do produto final nas prateleiras fica maior. Por um leite com mais qualidade, o laticínio remunera melhor o produtor pelo litro de leite", ressalta.
Os interessados em participar do treinamento, devem entrar em contato com os sindicatos rurais de seus municípios.
Saiba mais
Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostram que as três regiões que mais produziram leite no estado no mês de dezembro foram Oeste (487 mil l/dia), Norte (292 mil l/dia) e Nordeste (162 mil l/dia), respectivamente.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2011, o Brasil se tornou auto-suficiente na produção de leite alcançando o índice de 32 bilhões de litros ao ano. Mato Grosso produziu nesse mesmo ano 743 milhões de litros, ocupando o 9º lugar entre os estados do país que mais produzem leite. No entanto, as entidades que representam o setor da pecuária leiteira acreditam que, de acordo com o potencial do Estado, é possível chegar ao 5º lugar do ranking em quatro anos.
O Senar-MT é uma instituição de ensino rural, que está presente em todos os municípios de Mato Grosso atuando em parceria com os 86 sindicatos rurais e prefeituras. Faz parte do Sistema Famato, assim como a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (FAMATO) e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea-MT). Siga @senar_mt e curta a Fan Page (http://www.facebook.com/SenarMt) para ter acesso a mais informações da entidade.
Foto: Arquivo Famato/Felipe Barros