A CASA DA FAMÍLIA RURAL

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Organização do setor garante desenvolvimento da produção

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O ditado popular “a união faz a força” deve ser a palavra de ordem para os apicultores de Mato Grosso e mesmo assim os produtores de mel mato-grossenses não conseguem atender a demanda do Estado. "Para trabalhar só tem que ser grande, senão o negócio não é viável", aconselha o coordenador de Apicultura da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), José Catarino Mendes. "A saída é a organização dos produtores por meio do associativismo ou cooperativas", indica.

A apicultura foi tema das discussões do Workshop das Cadeias Produtivas realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) na tarde de quinta-feira (22.03). Em 2011 houve uma redução de cerca de 70% do volume em relação ao ano anterior por diversos fatores, como clima seco, ataque de novos predadores – como o tatu – e ainda o uso nas lavouras de agroquímicos de forma irregular, que prejudicou o desenvolvimento dos enxames. Mendes explica que a cadeia tem suas peculiaridades e que há ciclos de dois anos da produção.

De acordo com o presidente da Federação das Entidades Apícolas de Mato Grosso (Feapismat), Beno Kaiser, atualmente são 1.200 apicultores cadastrados e a produção em 2011 chegou a 340 mil quilos do produto. O objetivo dos apicultores é que esse número seja triplicado em 2012, atingindo 1 milhão de quilos do produto. Para ele o maior problema é que o setor em Mato Grosso não é tido como a principal atividade dos produtores. "Na minha opinião falta uma política de governo para fortalecer a atividade", aponta.

Os dois afirmam que a cadeia do mel pode ser viável, desde que os apicultores recebam  incentivos para aumentar essa produção e tenham qualificações periódicas. "Todos os atores envolvidos na cadeia precisam falar a mesma língua. Quando o Senar ouve os envolvidos quem sai ganhando são os clientes, ou seja os produtores", assegura Kaiser.

Ainda participaram do workshop da cadeia da apicultura representantes da Embrapa, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Instituto de Defesa Agropecuário de Mato Grosso (Indea), Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), universidades, Sindicato Rural de Sorriso, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e Aeroflora.