"Vamos construir o futuro juntos". Este foi o primeiro tema debatido, nesta sexta-feira (02.06), em Rondonópolis, no 8º Simpósio da Nutripura. Com a participação do vice-presidente do Sistema FAMATO/SENAR-MT, Francisco Olavo Pugliesi de Castro, o objetivo da primeira mesa redonda do evento foi conversar sobre temas que atingem diretamente a cadeia produtiva da pecuária e de que forma os órgãos públicos e entidades participam desse processo.
O vice-presidente do Sistema FAMATO/SENAR-MT, popularmente conhecido como Chico da Paulicéia, destacou o trabalho realizado pela Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (FAMATO). Segundo ele, é importante ter uma entidade forte e representativa. "Elas amplificam a voz do produtor, principalmente, na interlocução com os órgãos que fazem as leis".
Na opinião do vice-presidente, o futuro está recheado de muita tecnologia, informação e conhecimento. E para atender essa necessidade, ele falou um pouco sobre o papel do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (SENAR-MT). "É peça fundamental na construção do futuro, porque esta instiuição tem o papel de capacitar e qualificar os trabalhadores e produtores rurais. É somente com mais tecnologia que podemos ter um crescimento sustentável".
Chico da Paulicéia explica que um dos principais parceiros do SENAR-MT é o sindicato Rural. "Onde tem Sindicato de Produtores Rurais tem SENAR-MT e isso significa 90 municípios. Não vejo nenhuma outra entidade que seja tão capilarizada para levar treinamento, capacitação, qualificação e conhecimento ao homem do campo". A dica do vice-presidente é que quem ainda não conhece o SENAR-MT deve procurar o Sindicato de Produtores Rurais de seu município para conhecer melhor a instituição e saber quais os treinamentos são ofertados.
Outro participante foi o professor da Esalq/USP, Moacyr Corsi, com dois pós-doutorado. Ele chamou a atenção dos participantes para o que cada um pode fazer da 'porteira para dentro'. "E é claro que precisamos nos preocupar com a sustentabilidade, mas também precisamos pensar no retorno econômico". Ele propôs alguns desafios aos participantes e levantou vários questionamentos que despertaram a reflexão do público. "Precisamos de dados. Porque é só em cima de informações que podemos tomar boas decisões. Atualmente, a maioria decide em cima de intuição e, isso deixa o pecuarista bastante vulnerável".
O coordenador da Estratégia PCI – Produzir, Conservar e Incluir, Fernando Sampaio, representando o Governo do Estado também participou deste primeiro debate. Ele falou que a PCI faz justamente a articulação entre os setores público e privado para alancar o desenvolvimento rural do Estado, inclusive da pecuária.
O debate teve outros participantes como o pecuarista Marco Túlio Duarte Soares, presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e vários outros. O mediador foi o jornalista Tobias Ferraz, editor-chefe e apresentador do programa Primeira Prosa e Terra Viva Sustentável.
