Fomentar o multiuso do eucalipto é um dos objetivos da recém-criada Cooperativa de Reflorestamento e Bioenergia do Centro-Oeste (Cooperflora Brasil) sediada em Rondonópolis. A cooperativa reúne cerca de 40 produtores dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás que viram no setor de sistemas florestais uma oportunidade de negócio. "É um mercado ainda em consolidação, mas viável", avaliou o idealizador da cooperativa, ex-senador Gilberto Goellner, que participou na tarde de quinta-feira (22.03) do debate da Cadeia dos sistemas florestais, no quarto dia do Workshop das Cadeias Produtivas, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT).
"Hoje, toda madeira de reflorestamento comercializada no Estado é usada como biomassa, para geração de energia térmica em fornalhas industriais. A Cooperflora pretende atrair investidores do setor moveleiro consumidor de laminados, fabricantes de MDF e MDP, bem como serrarias, siderúrgica. Além de proporcionar o uso do eucalipto in natura nas construções civis e rurais para diversificar a destinação dessa matéria-prima", conta Goellner.
Segundo ele uma das dificuldades do setor é a organização do sistema desde a coleta da matéria-prima, transporte, fornecimento e a periodicidade da produção, já que em média a colheita pode ser feita em seis anos. "Cursos de avaliação econômica são importantes para a cadeia produtiva se desenvolver e se manter", afirma. "Essa reavaliação proposta pelo Senar-MT é fundamental, pois em 20 anos as técnicas e tecnologias já mudaram e os cursos precisam evoluir na mesma medida", comenta ao avaliar a atividade promovida pelo Senar.
Ainda participaram do workshop da Cadeia dos Sistemas Florestais representantes da Embrapa, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Instituto de Defesa Agropecuário de Mato Grosso (Indea), Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), universidades, Sindicato Rural de Sorriso, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Empresa Mato Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), e Arefloresta.
