O Sindicato Rural de Nova Mutum criou um Grupo Técnico Agronômico (GT) para avaliação dos sistemas de manejo de praga e doenças. O objetivo é monitorar e traçar estratégias integradas para o controle no sistema de produção. O foco inicial são as Moscas Brancas e Ferrugem Asiática. A primeira reunião do GT, que reuniu agrônomos e produtores rurais de Nova Mutum e Santa Rita do Crivelato, aconteceu dia 5 de outubro na sede do Sindicato Rural. O sindicato conta com o apoio do Núcleo da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).
De acordo com Emerson Zancanaro, a ideia do grupo é realizar reuniões periódicas, mensais ou trimestrais, justamente para o nivelamento de informações sobre o controle integrado de pragas e doenças nas lavouras de soja e milho. “O sindicato está encampando essa iniciativa, porém conta com a experiência da Ampa com o algodão e a experiência que a Aprosoja teve na missão para Califórnia em relação à Mosca Branca”, disse Zancanaro.
No primeiro encontro os participantes tiveram palestras com o pesquisador da Embrapa Rafael Pita sobre Mosca Branca e o controle integrado nos Estados Unidos. Representantes da Ampa também falaram sobre os grupos técnicos do algodão focados no controle do bicudo do algodão.
“O GT de Nova Mutum é o primeiro grupo regional formado em municípios do estado e a ideia é que ele seja referência, ou seja, o ponta pé inicial para que outros municípios se unam e formem grupos para que possamos trabalhar juntos com o grupo de trabalho estadual”, apontou Zancanaro.
Os próximos passos do GT serão o credenciamento dos técnicos com termo de compromisso e de colaboração com o GT, dar direcionamento agronômico para os problemas identificados, gerar um modelo de relatório periódico de manejo, observação e recomendação global gerando assim demandas para as pesquisas e avaliação das lavouras. “Vamos trabalhar para implantar ferramentas tecnológicas que irão auxiliar e aprimorar a eficiência do controle de pragas e doenças de forma microrregional reduzindo custo de produção. Também vamos fomentar a pesquisa e a sustentabilidade agroambiental dos negócios da agropecuária local”, destacou.
Após o término das 1ª e 2ª safra, o GT pretende realizar um Seminário Regional para produtores e técnicos locais para avaliação das safras.
Também apoiam o GT o Instituto Mato-grossense do Algodão (Ima), Fundação MT e Embrapa Agrossilvipastoril.