Produtores rurais, comerciantes e representantes do setor produtivo rural de Porto Alegre do Norte estiveram reunidos no dia 22 de fevereiro com o delegado da Polícia Judiciária Civil, Marcelo Maidame, e o 2º Tenente da Polícia Militar do município, Gabriel Henrique de Melo, para discutirem estratégias articuladas de combate à criminalidade no campo. O encontro foi articulado pelo Sindicato Rural de Porto Alegre do Norte, que desde 2018 vem trabalhando em parceria com os sindicatos da região nordeste de Mato Grosso e órgãos de segurança pública para colocar um fim na insegurança no meio rural.
De acordo com o presidente do sindicato da cidade, Alessandro Pires Leandro, na região é constante a atuação de quadrilhas especializadas no roubo de gado, defensivos agrícolas, que causam grandes prejuízos a agricultores e pecuaristas da região Nordeste do estado.
O presidente destacou ainda a importância da parceria entre o setor produtivo rural e as Polícias Civil e Militar. Desde 2018, os sindicatos rurais de Porto Alegre do Norte, Vila Rica, São José do Xingu, Santa Cruz do Xingu e Confresa estão mobilizados no combate e prevenção aos roubos no campo. “De lá para cá já realizamos reuniões nesses municípios, mobilizamos o setor produtivo, as autoridades e a comunidade em geral”, contou Alessandro.
Por meio da união dos sindicatos já foram viabilizados recursos próprios do setor para manutenção de viaturas e subsídios para alimentação dos policiais em serviço, despesas com viagens, hospedagens, entre outros. “Tudo isso para garantir a segurança do homem do campo e combater a criminalidade”, relatou o presidente Alessandro.
“Os recursos estaduais são reduzidos, então precisamos estar unidos para obter melhores resultados e conseguir combater e prevenir esses crimes, o que infelizmente estão sendo constantes nessa região do estado. E, neste sentido, a participação das entidades do setor agropecuário é fundamental”, avaliou o delegado Marcelo Maidame.
Segundo o tenente Gabriel Henrique, o combate à criminalidade no meio rural não é uma tarefa fácil, mas com o apoio do setor torna-se uma operação menos complexa. "A participação do produtor será de grande importância, principalmente na comunicação desses crimes. Precisamos que as vítimas façam o boletim de ocorrência e adotem medidas de segurança em suas propriedades. São essas ações que vão nos ajudar na identificação dos criminosos. Sem agilidade na troca de informações fica muito mais difícil", afirmou o tenente.
Alessandro reforçou que o roubo nas propriedades rurais é uma situação recorrente e que os produtores estão dispostos a contribuir com as ações das forças de segurança. “Os roubos de gado e defensivos não representam apenas um prejuízo aos pecuaristas e agricultores, mas também um risco aos consumidores”, apontou.