O Sindicato Rural de São José do Xingu completou 20 anos de fundação no dia 14 de março deste ano. Em alusão ao aniversário, a diretoria proporcionou uma noite de festividade aos associados e familiares no último sábado (20/05), na sede do sindicato.
Com a missão de representar e desenvolver ações voltadas ao produtor, o sindicato vem realizando ao longo desses 20 anos cursos e treinamentos nas áreas da agricultura, pecuária, administração rural e outros, com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT).
O presidente do sindicato Rogério Mota de Andrade defende que somente por meio de boas práticas de gerenciamento no meio rural será possível alcançar a sustentabilidade necessária ao desenvolvimento econômico e social de São José do Xingu. “Com o apoio da Famato e do Senar é possível proporcionar aos nossos associados, atendimento de qualidade, cursos de profissionalização e qualificação, feiras agropecuárias e a participação em discussões de interesse dos produtores rurais”, destacou Andrade.
Passadas duas décadas de existência, o Sindicato, sob a gestão de Andrade, continua na busca incessante pelo aprimoramento e fortalecimento da atuação junto ao produtor e à sua família, tendo por visão de futuro ser reconhecida como entidade de excelência na região do Araguaia e em todo estado de Mato Grosso.
O fundador do sindicato foi o produtor rural Fernando Nascimento Tulha Filho que se manteve à frente da entidade durante quatro gestões. Tulha lembra que em 14 de março de 1997 foi constituída uma diretoria provisória, sendo ele como presidente, Alexandre Marcos Coelho no cargo de secretário e Francisco Otoniel da Silva como tesoureiro.
Certos de que nascia ali a voz do produtor rural de São José do Xingu, os produtores da região elegeram oficialmente, no dia 25 de maio de 1997, a primeira diretoria.
Após os quatro mandatos de Tulha, assumiu por um mandato Leonardo Galvan Neto. Três anos depois foi a vez de Delúbia Tulha que se manteve no cargo por um triênio. Atualmente, preside o sindicato Rogério Mota de Andrade.
De acordo com Tulha, o Sindicato Rural de São José do Xingu se tornou a voz ao produtor rural nos questionamentos, discussões e nos posicionamentos do governo. Desde a criação, sempre participou das questões ambientais, fundiárias, trabalhistas e de infraestrutura.
Das conquistas à frente da entidade, Tulha lembra que o sindicato conseguiu adquirir uma sede própria. Além disso, em parceria com a segurança pública e ações conjuntas da entidade com os poderes públicos conseguiram reduzir os índices de roubos de gado nas propriedades rurais da região.
Conforme o ex-presidente, um problema agravante são as condições das estradas. “Nossas estradas sofrem com o aumento do tráfego intenso de carretas. Esse ano, por exemplo, pelo nosso município devem passar cerca de 60 mil carretas, com 30 toneladas cada uma com carregamentos de soja, milho e calcário. Nossas estradas são de chão e pontes de madeira, que não aguentam esse montante de carretas, o que piora em épocas de chuva intensa”, pontuou Tulha.
Apesar de todas as dificuldades, Tulha sempre participou dos debates de interesse dos produtores rurais, como por exemplo, o georreferenciamento, Fethab, Código Florestal, estradas, Zoneamento Socioeconômico e Ecológico, ações contra a Monsanto e invasões de terras que ocorrem na região.
Por volta de 2003/2004 o sindicato implantou um programa chamado Pró-Xingu, com ações voltadas para a regularização ambiental e trabalhista. “Foi um trabalho de conscientização que deu certo e que tivemos muito avanço por aqui”, apontou.
Tulha lembra com entusiasmo que o sindicato foi o responsável pelo incentivo à pecuária leiteira na região, voltada para o pequeno produtor, por meio de cursos e palestras ministrados pelo Senar-MT e torneios do balde cheio. “Hoje temos uma produção que vem crescendo e despontando para os municípios ao entorno. Durante o período de seca é o nosso município que atende as demandas de toda a região. Não podemos deixar de falar das feiras agropecuárias, leilões de animais e torneios”, contou Tulha.