O alto índice de roubos e furtos nas propriedades rurais está preocupando os produtores de Campo Novo do Parecis. De acordo com a Polícia Judiciária Civil, apenas nos primeiros três meses do ano foram registrados 12 furtos em propriedades rurais do município. Durante todo o ano de 2016 foram 26 casos registrados. Conforme a polícia, os criminosos costumam agir de madrugada e há casos em que apenas um produtor contabiliza prejuízos de até R$ 3 milhões.
O presidente em exercício do Sindicato Rural, Vagner Herklotz, foi uma das vítimas deste ano. Ele conta que o alvo dos ladrões tem sido os defensivos agrícolas e que para combater o crime é preciso um trabalho intensivo do serviço de inteligência da polícia. “Esse é um problema que se estende há anos. Além de capturar quem rouba, a polícia também precisa descobrir quem são os receptadores, porque são produtos muito específicos”.
Herklotz diz que o Sindicato já se reuniu com os representantes da segurança pública no município em busca de solução, mas até o momento os roubos e furtos continuam acontecendo. Por isso é preciso que o produtor tome algumas medidas de proteção. “Enquanto a solução não vem, o ideal é adotarmos medidas como a manutenção de estoques baixos de defensivos e redobrar a segurança, com câmeras, alarmes, animais, etc”.
Observatório da Criminalidade – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) criou este ano o Observatório da Criminalidade no Campo para traçar um diagnóstico dos crimes nas propriedades rurais e propor ações que combatam a violência que atinge o produtor e seus familiares. Por meio de um formulário disponível no site www.cnabrasil.org.br, produtores de todo o país podem relatar casos de violência no campo. Com o cadastro, será possível saber, por exemplo, as regiões mais atingidas pela violência, os tipos de crimes e até os produtos mais visados para roubos e furtos. A partir deste diagnóstico, será possível oferecer informações estratégicas aos órgãos competentes para que tomem as providências adequadas.