Com uma produção agrícola em pleno desenvolvimento o Sindicato Rural de Diamantino comemorou 50 anos no dia 20 de maio. A produção recorde do município é resultado do trabalho de produtores rurais que passaram pela entidade e impulsionaram o setor durante as cinco décadas.
A agricultura é considerada a mola precursora da economia de Diamantino com 390 mil hectares de soja, 35 mil hectares de algodão, 15 mil de girassol e 180 mil a 200 mil hectares de milho safrinha. Na pecuária são mais de 110 mil cabeças de gado.
De acordo com o presidente do sindicato José Aparecido Cazzeta, Diamantino é um dos maiores abatedores da JBS. É um dos líderes em suinocultura. Como também é o sexto no ranking de exportação de carne de Mato Grosso.
A diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) participou da cerimônia realizada no restaurante Villas do Parecis representada pelo vice-presidente Normando Corral e o diretor de Relações Institucionais Rogério Romanini. Também participaram o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) Otávio Celidonio, autoridades políticas municipais e estaduais, produtores rurais e presidentes de Sindicato Rural de Mato Grosso.
A participação dos ex-presidentes foi lembrada durante o momento da homenagem em que a Famato entregou o troféu Luiz Alfeu aos 12 produtores rurais que marcam história à frente da entidade. Os ex-presidentes são: Padre Henrique Froehich (1966-1967); Mário Ferreira Mendes (1967-1970); Dom Henrique Froehich (1970-1977); Alair Schimidt (1977- 1984); Auther Moreira Vasconcellos (1984-1986); Antonio dos Santos Vasconcellos (1986-1989); Sérgio da Silva Ramos (1989-1996); Rogério Cocco Rubin (1994-1999); Walter Trabachin (1999-2002); Valdir Correa da Silva (2002-2004); Mário Guardado Rodrigues (2004-2008) e Milton Mateus Crivelleto (2008-2012).
O troféu Luiz Alfeu foi criado em alusão ao colaborador mais antigo da Famato que dedica 40 anos da sua vida em prol da Federação e dos produtores rurais de Mato Grosso. Estão habilitados a receber o troféu as pessoas que passaram pelos sindicatos e provaram que o trabalho e a dedicação ao setor andam juntos.
O vice-presidente da Famato Normando Corral falou da importância do setor produtivo de Mato Grosso para o momento de crise econômica do país. De acordo com Corral as discussões apontam para as taxações na produção de Mato Grosso, por isso a Famato tem ido até os sindicatos do estado para ouvir os agricultores e pecuaristas sobre o plano de investimento do governo do estado através do novo Fethab. "O setor agropecuário foi atingido, em consequência de uma safra ruim atribuída as más condições climáticas. Embora passe por um momento delicado continua sendo o responsável por 50% do ICMS arrecadado no estado", destacou Corral.
Segundo Corral o município de Diamantino tem participação direta e indireta na arrecadação de impostos do estado, e faz parte da história recorde da produção agropecuária de Mato Grosso. "Lembrar os números da produção da cidade de Diamantino nos faz voltar no tempo e dar as honrarias a todos os homens e mulheres produtores rurais que passaram por aqui para que esse sindicato hoje comemorasse 50 anos de conquistas", disse Corral.
Cazzeta disse que os 50 anos do sindicato significam 50 anos de desenvolvimento do município de Diamantino. Para Cazzeta o setor produtivo sustenta toda a cadeia do agronegócio e tem um papel fundamental para o crescimento socioeconômico de Mato Grosso. "Somos nós produtores os responsáveis pela produção alimentícia do nosso estado", pontuou o presidente.
Além das homenagens, os convidados participaram da palestra temática "Cenário Econômico e Político no Brasil e no Mundo" feita pelo apresentador do Canal Rural, analista financeiro e comentarista político Miguel Daoud.
Daoud afirmou que o setor que ainda segura o Brasil é o agronegócio. "O mundo inventou o celular, o computador, as redes sociais, mas nós continuamos comendo, criou a tecnologia e nós continuamos comendo, então não existe nenhum sinal de que a população vai crescer e vai deixar de consumir o alimento. O Brasil tem prosperidade de alimento e quem garante esse alimento é a agricultura e a pecuária. E eis a pergunta: quem sustenta o Brasil? Com certeza o agronegócio", afirmou Daoud.
O prefeito Juviano Lincoln vive em Diamantino desde 1972 e conta que passou sua infância até a vida adulta acompanhando o crescimento do sindicato. Lincoln lembra que acompanhou as dificuldades do sindicato. "Foram muitas lutas, mas o sindicato sobreviveu bem a esses 50 anos mesmo com todos os percalços inerentes ao setor. Mas o mais importante é lembrar que o sindicato sempre esteve ao lado do produtor rural, e ao lado do município de Diamantino", relatou Lincoln.
O diretor da Famato Rogério Romanini disse que o agronegócio é um setor tão competitivo e que vem sendo responsável, ano após ano, por quase todos os bons indicadores da economia. "É num momento como esse de comemorações que refletimos tamanha importância que a agricultura e a pecuária têm não só para Mato Grosso, como para o Brasil. E o sindicato de Diamantino tem feito bem o dever de casa com números recordes na produção da cidade. Os produtores de Diamantino estão muito bem representados", disse Romanini.