Foi lançado no dia 6 de agosto, no Sindicato Rural de Cáceres, o programa de Produção Sustentável de Bezerros que vai atender inicialmente 100 propriedades rurais do Pantanal. O programa vai auxiliar os pecuaristas na transição de baixa tecnologia para alta performance, visando a sustentabilidade e o fortalecimento da cadeia.
Durante o evento, o presidente do Sistema Famato, Normando Corral, destacou a importância do projeto para o Pantanal, região que corresponde a cerca de 7% (60.900 km²) do território mato-grossense e possui mais de 903 mil km² de extensão.
“A pecuária é uma atividade econômica desenvolvida há décadas no Pantanal, cuja adoção de tecnologia aplicada aos sistemas produtivos foi ficando defasada com o passar dos anos e o programa vai impulsionar o uso de tecnologias, investimentos para a execução das atividades e garantirá suporte aos produtores rurais locais”, disse Corral.
Até 2023, estão previstos investimentos de mais de 615 mil euros, por meio da Iniciativa para o Comércio Sustentável (IDH), Grupo Carrefour, em parceria com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e Nutron/Cargill. O projeto tem o apoio da Agrojacarezinho, Sindicato Rural de Cáceres e Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat).
Os investimentos serão destinados 50% para pequenas propriedades (1 a 4 módulos fiscais), 30% para médias (superior a 4 e até 15 módulos fiscais) e 20% para as grandes (áreas superiores a 15 módulos fiscais). O programa vai oferecer aos criadores de bezerros assistência técnica para regularização fundiária e ambiental, intensificação da produção de áreas naturais, investimentos e acesso a mercados.
Para a presidente do Sindicato Rural de Cáceres, Ida Beatriz, o programa irá alavancar a produção de bezerros garantindo a sustentabilidade, que é uma das tendências para a aquisição de proteína vermelha nos próximos anos nos mercados nacionais e internacionais.
“Estamos trabalhando para entregar um bezerro sustentável. Nossos investimentos estão voltados para o bem-estar animal, genética, tecnologia, gestão e comercialização. Queremos atingir novos mercados e, para isso, estamos cada vez mais buscando políticas sustentáveis, programas de emissão carbono zero, aplicação de novas tecnologias, entre outras atividades que possam agregar ao desenvolvimento sustentável do Pantanal”, pontuou Ida Beatriz.