A Comissão Nacional de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) começou esta semana (26/03), em Mato Grosso, a rodada de reuniões nos estados brasileiros para detectar, discutir e propor soluções e políticas públicas que favoreçam a pecuária brasileira. O encontro, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), aconteceu a entidade, em Cuiabá.
“Mato Grosso é o estado com maior rebanho bovino de corte do Brasil. Com quase 30 milhões de cabeças, é um exemplo brasileiro, é um estado que cresce e se desenvolve a passos largos e que tem na agricultura e na pecuária seus principais motores geradores de serviço e renda. Começamos a percorrer os estados brasileiros para levantar as principais demandas da pecuária. Mato Grosso foi o primeiro, dada a sua importância e identidade na atividade. A produção agropecuária está no DNA desse estado”, afirmou o presidente da Comissão, Antônio Pitangui de Salva.
O presidente do Sistema Famato, Normando Corral, deu as boas-vindas aos participantes e salientou a importância da atividade agropecuária no estado e o papel de destaque que o produtor rural exerce na atividade.
O encontro que reuniu representantes de entidades do setor agropecuário, sindicatos rurais, pecuaristas, técnicos, profissionais da área e empresas privadas debateu medidas de apoio a pecuária de corte, imagem do setor, Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (Pnefa/Mapa), reações da vacina contra a febre aftosa, mercados, exportações, projetos especiais da CNA para o setor, como o da plataforma de qualidade da carne bonificada, classificação de carcaças, classificação do couro, projeto Campo Futuro e outros.
Na oportunidade, o superintendente Técnico da CNA, Bruno Lucchi, apresentou a estrutura organizacional da CNA, superintendência técnica, comissões nacionais, núcleo de execução e as principais ações da Comissão Nacional de Pecuária de Corte.
A imagem e a comunicação do setor foram os assuntos que mais chamaram a atenção dos participantes. Para o produtor rural e presidente do Sindicato Rural do Vale do Rio Branco, Bruno Faria, esse trabalho da Famato em parceria com a CNA é de grande relevância para a atividade no estado. “É isso que estávamos precisando, oportunidade de diálogo e comunicação direta entre a Federação, a CNA e o setor. Em reuniões como essa recebemos informações do que está sendo feito pelas federações, associações e a CNA”, disse Faria.
Quando o assunto é comunicação, o presidente da comissão defende que o setor deve se mobilizar, pelos veículos de comunicação, sempre com conteúdo técnico para mostrar que a atividade agropecuária e o produtor rural não agridem o meio ambiente. “Essa comissão, que é sediada em Brasília, tem trabalhado justamente para melhorar a imagem do produtor rural brasileiro, em especial o pecuarista, uma vez que ele é o protagonista do desenvolvimento agropecuário do país. Ele não pode ter a sua imagem deturpada por fatos e mentiras criadas por nossos concorrentes internacionais, de que o Brasil desmata e destrói o meio ambiente. Muito pelo contrário, ninguém preserva mais que o produtor rural brasileiro. Queremos ter nossas nascentes correndo durante todo o ano e manter o nosso solo protegido. Nenhum país pode e faz o que o Brasil faz com seus animais, temos a melhor condição de bem-estar animal do mundo. E, para isso, os veículos de comunicação devem ser nossos aliados”, afirmou Salva.
Para o vice-presidente da Famato, Francisco Pugliesi de Castro, o debate foi produtivo. Os pecuaristas, representantes dos sindicatos rurais e entidades entenderam a importância do sistema sindical e a comunicação do setor com a Federação e a CNA. “Com a participação de todos os envolvidos na atividade agropecuária a comunicação fica mais efetiva e a imagem do pecuarista vai condizer com o que realmente ele é. O produtor é preservacionista, detentor da preservação das florestas nacionais, faz muito mais do que o governo federal e ainda é taxado pela população como uma pessoa que desmata e que não contribui para o bem-estar humano e animal. E esse momento foi salutar para desmistificar essas questões. Ficou definido aqui que precisamos mostrar para a sociedade o bem que o produtor rural faz para o Brasil”, disse Francisco Castro.
Também participaram o diretor de Relações Institucionais da Famato, José Luiz Fidelis; o consultor em Defesa Agropecuária da CNA Décio Coutinho; os presidentes do Sindicato Rural de Cuiabá Jorge Pires; do Sindicato rural do Vale do Rio Branco, Bruno Faria; do Sindicato Rural de Santo Antonio de Leverger Antonio Carlos Carvalho de Souza; do Sindicato Rural de Nova Marilândia Diego Silva; representantes dos sindicatos de Poconé e Cáceres, da Associação dos Produtores de Mato Grosso (Acrimat), da ABCZ de Cuiabá, da empresa Allflex, Programa Leilões e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), a gestora do Núcleo Técnico da Famato Lucélia Avi e técnicos da entidade.