Vinte e dois embaixadores de quatro continentes conheceram as principais questões da cadeia do milho e o destaque da produção do cereal em Mato Grosso durante o Fórum Internacional do Milho – Mais Milho, em Primavera do Leste, na última sexta-feira (07/07). O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) Normando Corral e os diretores José Luiz Fidelis e Vilmondes Sebastião Tomain participaram do evento juntamente com outros representantes do agronegócio e lideranças públicas do país.
O Mais Milho é uma realização do Sindicato Rural de Primavera do Leste, Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MT) e Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), em parceria com o Canal Rural que fez a transmissão ao vivo do evento.
“Mato Grosso vive um momento histórico. São 22 embaixadores conhecendo a grandiosidade da nossa produção. Todos esses países aqui representados são grandes compradores de alimentos. No Brasil, temos capacidade de expansão na produção de alimentos, dominamos a tecnologia de produção em clima tropical. Temos um campo enorme de crescimento, porém temos que entender a parte comercial, não podemos somente produzir, temos que ganhar dinheiro para investir e continuar produzindo. A vinda dos embaixadores é sinal de negócios para Mato Grosso”, disse o presidente da Famato.
Falando em nome dos países, o embaixador de Angola no Brasil Nelson Cosme disse que Mato Grosso é o estado do futuro. Segundo ele, é impressionante o potencial da agricultura brasileira, em especial de Mato Grosso, conhecido em qualquer país como o celeiro do agronegócio nacional. “Estamos felizes de estar nesta terra tão próspera e produtiva. Nós queremos essa fórmula maravilhosa. Participar desse evento é a oportunidade de trocar experiencias, compartilhamento de novas tecnologias, conhecimento e a possibilidade de futuros investimentos”, declarou Cosme.
Para o presidente da Abramilho Alysson Paolinelli, o Mais Milho é a oportunidade de mostrar para o Brasil e para o mundo o potencial da cultura em Mato Grosso. Além disso, Paolinelli destacou que o debate é positivo e possibilita a criação de políticas públicas que garantam, por exemplo, bons preços para o cereal que todos sabem que é altamente influenciado por essas políticas.
Segundo o presidente da Aprosoja Endrigo Dalcin, a safra de milho em Mato Grosso deve chegar a 30 milhões de toneladas, com produtividade média de 103 sacas por hectare. Essa produtividade é esperada, mas os problemas com logística e armazenagem continuam sendo o grande gargalo do setor.
Mesmo com uma safra recorde, muitos produtores irão fechar no vermelho por causa do preço mínimo do cereal. “Nesta semana, o preço da saca apresentou queda e a cotação caiu a R$13,23, principalmente devido ao aumento da oferta do cereal e a queda do dólar”, explicou Dalcin.
O diretor Financeiro e Administrativo da Famato Vilmondes Tomain parabenizou o Sindicato Rural e os produtores de Primavera do Leste pela grandeza do evento que conseguiu reunir importantes nomes do agronegócio e políticos: “Esse evento é motivo de orgulho para nosso estado”.
José Luiz Fidelis, diretor de Relações Institucionais da Famato, ressaltou que eventos como este são uma boa oportunidade de mostrar para o mundo, não só o milho, como todas as outras culturas produzidas no estado. “Eventos como esse mostram a força do sindicalismo rural patronal, do produtor e do setor agrícola”.
Participaram embaixadores e secretários de El Salvador, Nicarágua, Moçambique, Angola, Israel, Polônia, Timor Leste, Espanha, Macedônia, Guatemala, Bolívia, Alemanha, México, Argentina, Palestina, Costa do Marfim, Cingapura, Irã, Panamá.
O superintendente do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) Daniel Latorraca e o presidente da Aprosoja Brasil e diretor da Famato Marcos da Rosa também participaram.