As Instruções Normativas nº 8, 10 e 20 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foram tema de uma reunião realizada no edifício daFederação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), na sexta-feira (05/05), com presença dos membros da Associação Mato-grossense de Avicultura (Amav) e a representante do Mapa, a Auditora Fiscal Federal Agropecuária Reini Braga Moreira.
Publicada em fevereiro deste ano, a IN 8 reforça e atualiza o programa de gestão de risco diferenciado para estabelecimentos avícolas, visando a prevenção contra a influenza aviária. Entre as medidas, consta a exigência de colocação de tela em galpões de aves poedeiras, e não apenas nas de corte como já era previsto. A tela deve ter malha de medida não superior a 2,54 centímetros ou outro meio que impeça a entrada de pássaros, animais domésticos e silvestres. A IN também fixa em, no mínimo, 20 dias o intervalo entre lotes para o realojamento de novas das aves de corte ou postura.
De acordo com a legislação, os estabelecimentos mato-grossenses que ainda não apresentaram requerimento para registro junto ao Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea/MT) precisam fazê-lo até o dia 18 de fevereiro de 2018. As medidas estão sendo tomadas em função do aumento contínuo e persistente de casos de influenza aviária em diversos países do mundo. Como o vírus H5N8, o causador da Influenza Aviária, pode ser transmitido de uma granja para a outra pela movimentação de pessoas, especialmente quando sapatos e roupas forem contaminados, veículos, equipamentos, ração, gaiolas estiverem com o vírus, a legislação também torna mais rígido a bioseguridade dentro da granja.
O presidente da Amav orienta o produtor a aproveitar o prazo dado pelo Mapa para fazer todas as adequações necessárias. “As adequações não são tão complexas, temos que procurar entende-las e pensar que nós estamos falando em proteger o Brasil de um vírus que tem acometido vários países, inclusive na América do Sul”, comenta Jorge Biffi.
Influenza Aviária – A influenza aviária causa grandes perdas para o setor avícola, pois todo rebanho infectado deve ser sacrificado, podendo causar a morte de milhões de aves. Além disso, em consequência a um foco o comércio internacional de aves e seus produtos sofrem. Dentre os impactos econômicos causados pela doença estão o fechamento de mercados externos, a redução da produção, os transtornos logísticos para armazenar a produção, a falta de capacidade de estocagem, a quebra das indústrias e a perda de parceiros comerciais.
Além do sacrifício de todas a aves da granja, em caso de confirmação da IA, os ovos e produtos avícolas do estabelecimento, incluindo a ração e a cama, deverão ser destruídos imediatamente. A carne das aves originadas dos estabelecimentos afetados e que foram abatidas dentro do período de incubação da doença deverá ser localizada e destruída, ou termicamente tratada em abatedouros com Serviço de Inspeção Federal (SIF) ou com Serviço de Inspeção Sanitária Estadual (SISE), assim como os ovos incubáveis e de consumo.