Presidentes de Sindicatos Rurais de Mato Grosso participaram esta semana de uma assembleia da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). O presidente Normando Corral conduziu o encontro que debateu assuntos como o Funrural, Contribuição Sindical Rural, perspectivas da safra 2016/2017 e o FCO Rural.
O deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) Nilson Leitão fez a primeira apresentação falando sobre os trabalhos que estão sendo conduzidos pelos deputados da FPA nas reformas trabalhista, previdenciária e política e nas legislações que tratam do licenciamento ambiental e terra para estrangeiros – todos assuntos adiantados e na eminência de serem votados pela Câmara Federal.
A respeito do Funrural – tema que tem preocupado os produtores desde a aprovação do Supremo Tribunal Federal (STF) pela constitucionalidade da cobrança do fundo – o parlamentar destacou que a FPA está trabalhando em duas frentes: a jurídica e a política.
Segundo Leitão, o Palácio do Planalto demonstrou estar aberto para receber da FPA uma proposta para solucionar o problema e ele lembrou que o prazo para apresentá-la é até a publicação do acórdão do STF, o que levará de 90 a 120 dias. Vale ressaltar que as decisões do STF serão válidas somente após esta publicação. “Na pior das hipóteses, esperamos que o STF module a decisão não determinando a cobrança retroativa”, avaliou Leitão.
O presidente do Sistema Famato, Normando Corral, destacou que a entidade está participando de todas as discussões sobre o assunto e nas articulações que estão sendo feitas em Brasília, tanto em âmbito político quanto jurídico.
Na oportunidade, o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) Daniel Latorraca fez uma apresentação dos números das safras de soja e milho e da pecuária. O objetivo foi esclarecer às lideranças dos sindicatos como estão as perspectivas de produção nacional e internacional e os impactos para os produtores de Mato Grosso.
Conforme Latorraca, neste ano houve uma recomposição dos estoques mundiais. Em função disso, os preços das commodities estão baixos na bolsa de Chicago. “A produção mundial de soja no ano passado foi boa nos Estados Unidos. Teremos uma super safra americana, brasileira e argentina. Isso significa maior oferta e preços baixos, o que vai impactar na renda dos produtores de Mato Grosso. Sendo assim, a preocupação agora é tanto a renda quanto a falta de armazém para o milho que vai ser colhido”, explicou o superintendente.
Ao final da reunião, o superintendente regional do Banco do Brasil Rafael Alessi e o superintendente de Mato Grosso Sotero Sierra Neto falaram sobre os trabalhos que estão sendo conduzidos pela instituição financeira em Mato Grosso. Entre eles estão as melhorias implementadas para atender os clientes, campanhas de comunicação, capacitação e simplificação das normas para o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).
Para 2017, o Banco do Brasil está disponibilizando R$ 2,94 bilhões de recursos do FCO, sendo deste montante R$ 1,47 bilhão para o FCO Rural. Apesar da disponibilidade dos recursos, alguns dirigentes sindicais falaram da dificuldade de acesso ao crédito. A Famato se comprometeu em fazer um levantamento das principais demandas e dificuldades dos produtores, por meio dos sindicatos, para repassá-las ao banco.
A Famato, entidade de classe que representa 90 Sindicatos Rurais de Mato Grosso, desenvolve ações institucionais que garantem que a voz do produtor rural seja ouvida em diferentes instâncias. Lidera o Sistema Famato, composto pela Famato, Senar-MT, Sindicatos Rurais e o Imea. Quer saber mais sobre nossas ações? Acompanhe nossas redes sociais pelo www.facebook.com/sistemafamato e @sistemafamato (instagram e twitter) #OrgulhodeSerAgro #SistemaFamato #Famato.