Lideranças da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) participaram esta semana de uma reunião na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, para discutir sobre as metas do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) para os próximos 10 anos.
Participaram da reunião o vice-presidente do Sistema Famato Francisco Olavo Pugliesi de Castro e o primeiro suplente da diretoria Antônio Carlos Carvalho de Sousa.
No encontro foram apresentadas algumas das propostas de mudanças que serão feitas no PNEFA. Entre elas estão: regionalizar o programa; projetar demandas da vacina para a indústria se organizar, ampliar e aprimorar a capacidade de diagnóstico das doenças vesiculares; fortalecer a biosseguridade nos estados; avaliar e adequar o sistema de vigilância do serviço de defesa agropecuário; desenvolver um programa de educação continuada; reconhecer o país livre da febre aftosa sem vacinação, entre outros.
Além disso, foi discutida a futura retirada da obrigatoriedade da vacinação de aftosa no país. O Mapa apresentará na Comissão Sul-Americana para a Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa) o procedimento da retirada da vacinação nos próximos anos. Isso ocorrerá de forma gradativa levando em consideração uma análise minuciosa dos fluxos de animais entre os estados, conforme o estudo feito pela Universidade de São Paulo (USP) mostrando como acontece a movimentação dos bovinos no país.
"Foi uma reunião bastante produtiva. A Famato apoia as sugestões do Mapa e irá colaborar com as metas propostas no plano", afirmou o vice-presidente Francisco de Castro.
O diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques, apresentou um calendário de divulgação do PNEFA. Todas as pessoas envolvidas terão até o mês de junho para contribuir com sugestões ao novo plano, desde que tenham embasamentos técnicos. O setor produtivo terá dois meses para avaliar as mudanças do plano.
Participaram da reunião representantes das entidades: Assocon (Associação Nacional dos Confinadores), Fesa (Fundo Emergencial de Saúde animal), Mapa, CNPC (Conselho Nacional de Pecuária de Corte), Giefa (Grupo Interamericano para a Erradicação da Febre Aftosa), Sindan, ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos) e as Federações de Agricultura e Pecuária dos estados de Mato Grosso (Famato), Paraná (FAEP), Rio Grande do Sul (Farsul), São Paulo (Faesp), Goiás (Faeg), Mato Grosso do Sul (Famasul), Minas Gerais (FAEMG).
Campanha – Os produtores rurais de Mato Grosso devem ficar atentos, pois a partir deste ano o calendário de vacinação contra a febre aftosa no estado será invertido. A imunização do rebanho de mamando a caducando passará a ser realizada em maio, enquanto a campanha de vacinação em animais de 0 a 24 meses será em novembro.
O pedido de inversão das etapas foi feito pela Famato e aprovado pelo Mapa após assinatura de um protocolo dia 12 de agosto do ano passado durante a 44º Exposul, em Rondonópolis.
A justificativa para a mudança é que a alteração do período facilitará o manejo dos animais, pois em maio as chuvas são menos frequentes do que em novembro. Além disso, novembro é um mês em que os produtores que integram agricultura e pecuária estão realizando o plantio.
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