A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) participou, nessa quarta-feira (13), de um encontro técnico entre Banco do Brasil, Governo do Estado e entidades representativas do setor produtivo em Mato Grosso. O objetivo foi apresentar o balanço do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) em 2015 e no primeiro semestre de 2016.
Representantes da diretoria de Governo e de Agronegócio do Banco do Brasil solicitaram um alinhamento de propostas e mudanças que poderão ser sugeridas pela administração estadual e pelo setor produtivo para o FCO do ano de 2017. As propostas de programação para 2017 deverão ser entregues até o dia 10 de agosto.
Durante o encontro foram discutidas as diretrizes, o destino dos recursos aplicados, as regras e restrições de aplicação. "Essa é a oportunidade de apresentar aquilo que é prioridade para o FCO. Vamos apresentar nossas propostas aliadas ao plano estratégico do Estado e alinhada com que for apresentada pelo setor produtivo", disse o assessor de governo do Banco do Brasil, Sinval Alves Mota Junior.
Sinval apresentou ainda o balanço do FCO em 2015 e dos investimentos efetuados para fomentar o desenvolvimento econômico do estado no primeiro semestre do ano.
Os indicadores de desempenho apontaram que foi realizada 87,7% da aplicação dos recursos. A programação orçamentária para 2016 prevê repasses do Tesouro Nacional no montante de aproximadamente R$ 1,7 bilhões e retornos de financiamento em torno de R$ 3,8 bilhões.
A novidade para os próximos anos é que as diretrizes e orientações gerais do Ministério da Integração passarão a ser estabelecidas em consonância com o Plano Plurianual da União, sendo que as novas diretrizes serão estabelecidas para os exercícios de 2017 a 2019.
Para Sinval a manutenção dos prazos e carência do FCO, vai possibilitar a dinamização na área de integração onde há investimentos significativos. “O objetivo é fortalecer as cadeias produtivas e dar maior competitividade aos produtos”, pontuou.
De acordo com o superintendente de Política Agrícola de Mato Grosso, Eldo Leite, o Banco do Brasil tem interesse em atender com celeridade as demandas do setor produtivo junto ao FCO.
Na avaliação da analista de agricultura da Famato, Karine Machado, mesmo com o aumento das taxas de juros publicadas na Resolução do Banco Central do Brasil 4.503 de 30 de junho de 2016, onde operações contratadas no período de 1º de julho de 2016 a 30 de junho de 2017 passam a ser de 8,5%, 9,5% e 11% a.a, para os produtores com os portes mini/pequeno/pequeno-médio; médio e grande respectivamente, o FCO continua tendo as melhores taxas para os devidos investimentos na agropecuária. "Os recursos, bem como, as diretrizes e prioridades do fundo devem ser bem pensadas e sugeridas ao Banco do Brasil no prazo que foi estipulado, vale lembrar que estas taxas têm rebate em casos de inadimplência tornando-as mais atrativas ainda quando é o caso", explicou Karine.
Se enquadram nos portes mini/pequeno/pequeno-médio produtores que possuem renda bruta anual de até R$ 16 milhões, médio produtores que possuem renda bruta anual de R$ 16,01 à R$ 90 milhões e grandes produtores os que possuem renda bruta anual acima de R$ 90 milhões.
A Famato, entidade de classe que representa 90 Sindicatos Rurais de Mato Grosso, completou 50 anos no dia 16 de dezembro de 2015. Ao longo dessas cinco décadas levantou diversas bandeiras em prol do produtor. Lidera o Sistema Famato, composto pela Famato, Sindicatos Rurais, Senar-MT e o Imea. Essa trajetória é celebrada graças ao trabalho dos produtores rurais e dos colaboradores. Acompanhem nossas redes sociais pelo www.facebook.com/sistemafamato e @sistemafamato (instagram e twitter) #Famato50anos.