Representantes do Serviço de Agricultura – FAS da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil fizeram uma visita institucional nesta semana na Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e a Associação de Produtores de Soja e Milho (Aprosoja). A unidade agrícola é uma é uma extensão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Segundo o adido Agrícola Nicolas Rubio, o objetivo da visita é estreitar as relações bilaterais com o Brasil e conhecer a situação da agricultura e a realidade do mercado brasileiro e, em especial, do maior produtor de soja do país: Mato Grosso. "Estamos aqui como um construtor de pontes entre os EUA e o Brasil, para estreitar o relacionamento e encaminhamentos de demandas referentes à área agrícola, tanto para a solução de possíveis divergências quanto para mapeamento de oportunidades que visem o aumento do fluxo de comércio bilateral".
Durante a visita foram destacadas as perspectivas e os desafios a serem enfrentados pelo Brasil, na agricultura, em meio ao atual cenário político.
O gestor do Núcleo Técnico da Famato Guto Zanata apresentou dados do desempenho do setor e o atual contexto de mercado, porém avaliou os riscos e as incertezas.
O gestor Técnico do Imea Ângelo Ozelane disse que entre os desafios que o Brasil deve enfrentar está conseguir aumentar a produtividade e o crescimento da produção e, ao mesmo tempo, garantir que os avanços permaneçam alinhados com base na sustentabilidade, mesmo diante da crise instalada no país.
Quanto à alta do dólar, o americano questionou se reflete diretamente nos preços da soja. Ozelame disse que os preços da soja nos portos brasileiros acompanham a reação do dólar. "A alta do dólar frente ao real pesou de forma significativa sobre os preços, pressionando não só o futuro da soja no mercado global, como as commodities de uma forma generalizada".
A adida agrícola Laura Geller, que está no Brasil há dois anos e meio, acredita que essa mudança de direção na taxa cambial torna o produto brasileiro mais competitivo e acaba redirecionando a demanda que estava mais focada nos Estados Unidos de volta à América do Sul.
Os pesquisadores também questionaram sobre o período da seca que castigou a agricultura nos últimos meses. O Imea informou que a colheita foi prejudicada em Mato Grosso. Com a estiagem e o calor intenso, muitas áreas tiveram que ser replantadas no Estado, atrasando o inicio dos trabalhos.
A Famato, entidade de classe que representa 89 Sindicatos Rurais de Mato Grosso, completou 50 anos no dia 16 de dezembro de 2015. Ao longo dessas cinco décadas levantou diversas bandeiras em prol do produtor. Lidera o Sistema Famato, composto pela Famato, Sindicatos Rurais, Senar-MT e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Essa trajetória é celebrada graças ao trabalho dos produtores rurais e dos colaboradores. Acompanhem nossas redes sociais pelo www.facebook.com/sistemafamato e @sistemafamato (instagram e twitter) #Famato50anos.