A Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da Confederação da Pecuária e da Agricultura do Brasil (CNA) fez sua primeira reunião do ano esta semana, na sede da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), durante a 81º Expozebu, em Uberaba-MG. O encontro contou com a participação de representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).
Na pauta estavam assuntos relacionados à Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA) e ao Protocolo de Adesão à União Europeia, abordando principalmente a leitura dos brincos na identificação dos animais no processo de rastreabilidade do gado destinado ao abate para a Europa.
A formalização do protocolo de adesão faz parte de uma das etapas previstas na PGA, criada no inicio de 2012. A ferramenta unifica os dados inicialmente sobre o trânsito de gado no país junto à Base de Dados Única (BDU) integrando diversos mecanismos de controle, inclusive o sanitário.
A plataforma permite maior agilidade e controle sobre a movimentação dos rebanhos, evitando diferença e duplicidade de informações. Essa base de dados foi elaborada pela CNA em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o qual detém o seu domínio.
Segundo o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Famato, João Oliveira Gouveia Neto, a reunião foi bastante produtiva. "A rastreabilidade bovina é uma exigência dos mercados internacionais de carne e que a partir de agora simplificará o manejo do produtor com a possibilidade de maior rentabilidade. Antigamente, o produtor arcava com um custo alto para atender a essas exigências e nem sempre era remunerado por isso", destacou Gouveia.
Os protocolos de adesão permitirão ao Brasil atender algumas das exigências dos países que adquirem a carne brasileira. Essa credibilidade será garantida pela PGA. Em Mato Grosso o Instituto de Defesa Agropecuário (Indea-MT) é o órgão responsável em alimentar a BDU com as informações do estado.
O planejamento da Comissão para 2015 também foi discutido na reunião. Entre os principais temas abordados estavam sanidade animal, tipificação de carcaça, competitividade, assistência técnica rural e pesquisas sobre emissão de CO2 na pecuária.
Conforme Gouveia, a reunião também foi uma oportunidade para discutir sobre o marketing da carne. "A gente precisa atingir toda a cadeia, desde o produtor, frigorífico, varejo até o consumidor. Vamos enviar sugestões para a CNA que vai verificar onde buscar recursos e parceiros para promover ainda mais a carne bovina no país e no mercado internacional", acrescentou.
A Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA é composta pelas federações estaduais de Agricultura e as entidades de classe ligadas à pecuária de corte. A reunião foi a primeira feita sob a nova coordenação da comissão, liderada pelo novo presidente, Antônio Pitangui de Salvo, e o novo assessor técnico da comissão, Rafael Linhares – ex-analista de Pecuária da Famato.
O encontro também teve a participação do vice-presidente da Região I da Famato, Arnaldo de Campos, e do presidente do Sindicato Rural de Rondonópolis, Francisco Olavo Pugliese de Castro.
A Famato é a entidade que representa 88 Sindicatos Rurais. Junto com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), forma o Sistema Famato. Acompanhe as redes sociais: www.facebook.com/sistemafamato e @sistemafamato (twitter e instagram).