Com o valor da arroba do boi sempre acima de R$ 100,00, mais um recorde da produção de soja e representantes do setor produtivo ingressando na política, o agronegócio mato-grossense viveu um ano positivo na visão dos membros da diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).
Segundo o vice-diretor Administrativo e Financeiro da Famato, Fernando Tullha, que atua no nordeste de Mato Grosso, a consolidação da agricultura foi uma das conquistas dos produtores rurais da região. “Apesar dos baixos preços, conseguimos manter a mesma área plantada no ano passado. Isso mostra que a agricultura também tem seu espaço junto à pecuária no nordeste mato-grossense”, destaca Tulha.
O primeiro suplente da Famato, Paulo César Belondi, acredita que o ano foi de reação para a pecuária estadual. “Felizmente a procura pelos produtos oriundos da pecuária mato-grossense está maior que a oferta. Neste ano, conseguimos manter o preço da arroba em patamares elevados, o que deve continuar acontecendo em 2015”, diz Belondi.
Entre as conquistas do agronegócio em 2014, o presidente do Sindicato Rural de Porto Alegre do Norte e suplente de vice-presidente da Região IV da Famato, Édio Brunetta, destaca a participação de representantes do setor na política do Estado e do Brasil. “Em 2014 conseguimos o fortalecimento do setor ao termos um produtor rural de Mato Grosso à frente do Ministério da Agricultura e um representante de Mato Grosso na Secretaria de Política Agrícola do Mapa. Nas eleições deste ano tivemos representantes do agronegócio eleitos para o cargo de deputado estadual e federal, além do vice-governador também ser do setor. Esse cenário mostra a força que a classe tem perante a sociedade”, afirma Brunetta.
O presidente em exercício da Famato, Normando Corral, corrobora com a avaliação do presidente do sindicato de Porto Alegre do Norte. “Este foi um ano importante para o agronegócio de Mato Grosso e suas entidades representativas. Em especial, destaco as eleições de 2014 e nossa participação neste processo. As entidades de classe se uniram em torno do Fórum Agro MT para debater as formas de atuar no processo eleitoral e, consequentemente, contribuir para o desenvolvimento do Estado. Um dos principais frutos desta união foi a agenda positiva Pensar MT, desenvolvida pela Fundação Dom Cabral, após ouvir as demandas de especialistas e produtores rurais de todas as regiões de Mato Grosso. O resultado foi muito positivo”, acrescenta Corral.
O vice-presidente da Região IV da Famato, Marcos da Rosa, ressalta o trabalho das entidades representativas de classe em 2014. “Durante todo o ano, vimos os técnicos da Federação e dos Sindicatos Rurais trabalhando em busca de melhorias para o setor, lutando contra as dificuldades que enfrentamos no dia a dia”.
Para o presidente do Sindicato Rural de Tapurah e vice-presidente da Região II da Famato, Silvésio de Oliveira, o ano que se encerra foi um ano bastante apreensivo para os agricultores de Mato Grosso. “Depois de alguns períodos conseguindo um bom preço de comercialização das commodities agrícolas, vivemos uma grande apreensão a partir do segundo semestre deste ano com a notícia da possível queda de preço devido aos altos índices de produtividade da safra americana. Apesar disso, as expectativas para 2015 são boas, as chuvas vieram e os produtores conseguiram manter a área planta”, afirma Oliveira.
A Famato é a entidade que representa 87 Sindicatos Rurais de Mato Grosso. Junto com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), forma o Sistema Famato. Acompanhe as redes sociais: www.facebook.com/sistemafamato e @sistemafamato (twitter e instagram).