Embora 12,2% da área plantada com o milho segunda safra, em Mato Grosso, tenham ocorrido fora da janela ideal, as chuvas registradas até agora foram satisfatórias ao desenvolvimento da cultura. Como destaca o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), dados do Somar mostram que o mês de março apresentou precipitação média de 283 milímetros (mm), enquanto a necessidade da planta, desde a germinação até agora, requer média de 250 mm.
O milho plantado na primeira quinzena de março apresenta-se agora na fase de prependoamento entrando no florescimento, período crítico à falta de água.
Apesar de as condições climáticas para desenvolvimento da cultura estarem satisfatórias, a chuva também pode trazer preocupações ao produtor. “Ela pode diminuir a eficiência de aplicação de defensivos e favorecer a incidência de pragas e doenças”. Os gastos com defensivos para a safra 12/13 ficaram em R$ 191,59/ha, um acréscimo de 6,3% em relação à safra passada. Embora o milho possua, em geral, tecnologia que o torne resistente à infestação da lagarta spodoptera, há casos generalizados de ocorrência da lagarta no Estado em volume maior que o ocorrido no ano passado. Além dela, as lavouras registram ocorrência da helicoverpa, praga que no passado ocorreu pontualmente em algumas lavouras. “Para evitar maiores prejuízos em um momento de preços menos atrativos, o monitoramento constante da lavoura é imprescindível”, aconselha o Imea.
PREÇOS – As cotações vêm apresentando queda em todas as praças do Estado. O preço médio da primeira semana de abril, de R$ 17,83/sc, foi 1,6% menor do que o da última semana de março, quando a média no Estado foi de R$ 18,12/sc. A maior variação de preços ocorreu entre quinta e sexta-feira, -1,4%, fazendo com que o preço caísse R$ 0,24/sc neste dia.