De acordo com os dados do Programa de Desenvolvimento Regional (MT Regional), Mato Grosso tem um rebanho de ovinos de 1.436.674 cabeças, pelo menos, 305.434 a mais que no período entre 2007 e 2010 quando foram registrados 1.131.240 animais. João de Deus, criador em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, foi um dos produtores que contribuiu para o aumento do rebanho nos últimos seis anos. Ele começou a investir na atividade em 2007 e sua meta para 2013 é ampliar ainda mais o rebanho.
João de Deus tem 600 matrizes de corte e outras 100 da raça Dorper que são Puras de Origem (PO) e registradas. Como a propriedade tem apenas 18 hectares, João de Deus fará uma parceria com um criador de São José do Rio Claro, a 325 km da Capital, para ampliar rebanho. "Com a abertura do frigorífico aqui em Tangará ficou resolvido o nosso principal gargalo que era a comercialização".
O quilo vivo da ovelha está sendo vendido por R$ 5. Na ovinocultura a carcaça também é comercializada inteira e custa em média R$ 15 cada uma. Maurício Albuquerque, criador em Santa Carmem, a 493 km de Cuiabá, conta que o custo de produção é de aproximadamente R$ 3, o quilo. "A nutrição é muito importante para manter o rebanho saudável e garantir a rentabilidade. Para não ficar muito caro alternamos pasto com a suplementação".
Um pouco diferente de Maurício e João de Deus, Cláudio Luis Barbosa Sena, preferiu investir no rebanho de elite. Criador em Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá, Cláudio tem um rebanho de 300 animais. Destes, 95% são POs e os outros 5% são receptoras. "Tenho animais premiados em vários eventos".
O mercado também está em alta para Cláudio. Em 2012 ele vendeu 120 reprodutores. "Pelo menos 90% destas vendas foram feitas dentro de Mato Grosso". Cláudio está otimista e acredita que com a instalação de novas plantas frigoríficas no estado o preço pode ficar ainda melhor.
O zootecnista e coordenador da Cadeia Produtiva da Caprino-ovinocultura do MT Regional, Paulo de Tarso também está otimista. Ele conta que além dos frigoríficos já instalados em Alta Floresta, Rondonópolis e Tangará da Serra, há ainda a expectativa de implantação de uma nova planta frigorífica com inspeção federal no Norte de Mato Grosso. "Isso mostra que o produtor pode investir. A expectativa é que ao fim de 2013 Mato Grosso tenha cinco plantas frigoríficas".