O presidente do Sindicato Rural de Nova Mutum, Luiz Carlos Gonçalves, demonstrou preocupação, em entrevista concedida ao Só Notícias/Agronotícias, hoje, sobre a reta final de colheita. Há registros de grandes perdas em propriedades mutuenses. "Ainda não é possível avaliarmos com exatidão, mas pelo nosso acompanhamento já constatamos perdas significativas nas lavouras de Mutum. Principalmente quanto ao soja ardido e nas plantações tardias ao cronograma. Alguns tiveram 25% de perdas", afirmou. Ele aponta o que "mau tempo  foi o maior inimigo. Este foi um ano complicado, diferentes de outros. Seca no início e excesso de chuva agora durante a colheita. Atualmente, cerca da 95% da safra já foi colhida, estamos aguardando o término do processo para contabilizar todo o montante negativo", afirmou.

Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a área destinada para a oleaginosa no município está estimada em 385,3 mil hectares. A produtividade esperada é de, no mínimo, 50 sacas por hectare.

O sindicato em Nova Mutum informa que o plantio do milho safrinha, já concluído, pode superar as expectativas e reestabilizar os produtores. "Estamos esperançosos, concluímos bem o plantio do safrinha. Acreditamos que iremos superar a meta inicial e atingir a casa de 150 a possíveis 170 mil hectares plantados. Mas tudo isso ainda será contabilizado", afirma Gonçalves.

Inicialmente, o IMEA estimou  111,1 mil hectares como previsão de área plantada em Nova Mutum.