Exportações mato-grossenses em janeiro dobraram no intervalo de 3 anos. Em 2013, o montante chegou a US$ 1,016 bilhão, contra os US$ 642,020 milhões embarcados no primeiro mês de 2012, registrando alta de 58,29%. No comparativo com janeiro de 2011, quando foram comercializados US$ 484,187 milhões, a expansão fica ainda mais expressiva, chegando a 109,8%, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), divulgados nesta sexta-feira (15) pela Secretaria de Estado de Industria, Comércio, Minas e Energia (Sicme).
Nos primeiros 30 dias do ano os principais destinos dos produtos mato-grossenses foram a Coreia do Sul, que importou US$ 186,243 milhões, e o Japão com US$ 131,093 milhões.
O milho em grão, exceto para semeadura, respondeu por 59,1% do valor negociado no exterior, totalizando US$ 601,157 milhões. Conforme a Sicme, esse cenário se deu em razão da grande safra de milho na temporada 2011/2012, cujo volume passou de 7,62 milhões para 15,59 milhões de toneladas no ano passado. “Temos muito milho estocado e o preço está bom. Com a quebra da safra americana, surgiu oportunidade para quem estava melhor preparado e o nosso produto conquistou o mercado internacional”, frisa o secretário da pasta, Alan Zanatta.
Para o economista Vitor Galesso, especialista em comércio exterior, esse resultado é esporádico, já que o mês de janeiro é geralmente fraco por causa do período chuvoso. “Se conseguiram fazer essas operações foi porque houve um encaixe bom (no transporte)”.
No entanto, o significado desse crescimento só poderá ser avaliado ao longo dos meses, após um semestre no mínimo, avalia Galesso.
Importações – As compras feitas por Mato Grosso registraram uma queda de 28,2% em janeiro de 2013, com a movimentação de US$ 85,908 milhões, contra os US$ 119,702 milhões, verificados no mesmo mês de 2012. Esse resultado interrompeu a curva de crescimento, que tinha sido de 17,4% na comparação entre janeiro de 2012 e de 2011, ano em que as importações do Estado haviam fechado em US$ 101,960 milhões.
Galesso afirma que mudanças recentes na legislação tributária referente ao comércio entre os estados tiveram um certo peso nessa redução, já que foram cortados benefícios antes concedidos para produtos que desembaraçavam no Porto Seco, em Cuiabá, com destino a outros estados, como São Paulo. Gás natural e cloretos de potássio foram os principais produtos adquiridos, totalizando US$ 24,657 milhões e US$ 20,450 milhões, respectivamente. Para a Bolívia se destinam 28,7% do montante de recursos provenientes das mercadorias embarcadas para o Estado (US$ 24,686 milhões), seguido pelos Estados Unidos (US$ 9,447 milhões) e pela Rússia (US$ 8,180 milhões).