A economia mato-grossense deve crescer até 8% em 2013. A estimativa é do governador Silval Barbosa (PMDB) e está associada ao bom momento vivido por setores como a construção civil, o campo, por exemplo. Tendência que neste ano diferentes setores repitam o desempenho positivo registrado ao fim de 2012, refletindo diretamente na geração de empregos, quando foram gerados 36.517 empregos celetistas, o que representou um crescimento anual de 6,40% sobre 2011.
Tal desempenho decorreu do crescimento principalmente nos setores de Serviços (+10.133 empregos), da Construção Civil (+8.531 postos) e da Indústria de Transformação (+6.559 postos), como evidenciou o Ministério do Trabalho e Emprego por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.
"Há uma série de obras espalhadas pelo estado, além de programas desenvolvidos como o MT Integrado (de pavimentação asfáltica). Enfim, ações que promovem uma injeção de recursos", disse o chefe do Executivo estadual ao Agrodebate.
Entre as apostas para este ano está a geração de riquezas para a economia por meio da produção agropecuária. Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Fávaro, se as condições climáticas forem favoráveis, somente a safra estadual de soja deve crescer 12,9%, batendo a barreira de 24,1 milhões de toneladas. Para o milho, outras 13,2 milhões de toneladas.
"Mas para confirmar estes resultados ainda dependemos do clima, por isso trabalhamos com cautela", pontuou o presidente.
O próprio setor produtivo estadual também trabalha com uma perspectiva positivista para 2013, no tocante à geração de renda. Se as projeções estabelecidas pelas entidades vinculadas ao agronegócio confirmarem-se a riqueza gerada pela produção agropecuária pode superar R$ 35,8 bilhões em 2013, alta de 2% sobre os R$ 35,1 bilhões verificados em 2012.
Os números correspondem ao chamado Valor Bruto de Produção (VBP), que traduz a soma de riquezas geradas pela agropecuária, mas sem considerar as deduções. O crescimento na geração deve ser encabeçado por componentes como a soja (cuja renda em 2013 deve crescer 24%), cana-de-açúcar (+11%), produtos florestais (+2%), aves (4%), leite (+2%) e suínos (+9%), como demonstrou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
"2012 foi ano espetacular para a agropecuária de Mato Grosso e tivemos um crescimento de 22%, baseado em valores de produção recorde de soja, milho, algodão e suínos. Um bom desempenho das quatro principais cadeias no estado", enfatizou o superintendente do Imea, Otávio Celidônio.
Como destaca o representante, os 2% de crescimento para a agropecuária podem ser considerados tímidos, mas ainda positivos para o estado. Ainda, mantêm a unidade federada na dianteira da produção brasileira de grãos.
"Em 2013 esperamos um crescimento um pouco menor, mas ainda mantemos a dianteira na produção de soja. A soja deve ser o grande destaque na agricultura. Porém, temos uma queda do algodão com 44% em renda porque os preços não estão adequados e a área também foi reduzida em 38%. A produção de milho também sofrerá uma redução, mas porque em 2012 tivemos uma produção espetacular", concluiu.
A safra de grãos mato-grossense está avaliada em 40,9 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).