Trabalhar para resolver problemas de logística, comercialização, questão fundiária e seguro rural são alguns dos desafios que o novo secretário de Política Agrícolas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o produtor rural mato-grossense, Neri Geller, terá durante sua gestão. Geller foi formalmente apresentado ao setor produtivo em jantar realizado na quinta-feira (31.01), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), com a presença de produtores rurais, autoridades, o governador do Estado, Silval Barbosa, e o Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho.
Segundo o presidente da Famato, Rui Prado, logística, comercialização, questão fundiária e seguro rural são alguns dos problemas recorrentes que os produtores rurais não só de Mato Grosso, mas de todo o país enfrentam e que precisam da atenção do Governo Federal. "Vemos o Ministério da Agricultura como um órgão aliado para fazer nossas reivindicações junto aos demais Ministérios e o Neri Geller será nosso novo canal de comunicação em Brasília. Estamos muito contentes com sua nomeação, pois ele conhece os desafios e os problemas da agropecuária de Mato Grosso. Com ele lá, esperamos uma melhora na política agrícola brasileira", afirmou Prado.
Empossado no início de janeiro como novo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller destacou que o órgão já está trabalhando no desenvolvimento do Plano Safra 2013. "Estamos focados Plano Safra, para redirecionar as linhas de crédito e criar investimentos específicos para os setores que mais precisam como é o caso da pecuária, em Mato Grosso", comentou Geller.
Em 2012, os recursos destinados ao Plano Agrícola e Pecuário cresceram 7,5%, passando de R$ 107,2 bilhões para R$ 115,2 bilhões. Deste montante, R$ 86,9 bilhões foram reservados às ações de custeio e comercialização, enquanto outros R$ 28,2 bilhões para programas de investimento.
O secretário disse também que a principal demanda é aumentar o custeio de safra para o produtor, diminuindo seu atrelamento com as tradings. "Se o recurso chega ao produtor com juros mais baixos, ele fica mais capitalizado e compra insumos com menos custos, aumentando consequentemente sua rentabilidade".
Já o Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, pontuou que vai trabalhar pela regionalização do Mapa, desenvolvendo ações em conjunto com os estados e municípios, principalmente em relação às questões de armazenagem e logística. "Temos muita carência em portos, estradas e armazéns e um bom caminho para resolver isso são os consórcios entre poder público e privado, para isso queremos ficar mais próximos de estados e municípios", explicou.
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