As altas temperaturas de verão e o excesso de chuva nas regiões produtoras fizeram o preço das verduras e legumes disparar. Em Cuiabá (MT) o consumidor está tendo que desembolsar mais para adquirir itens como tomate, batata, cebola e repolho, por exemplo. Há casos em que o reajuste chegou a 11%.
Em feiras livres já se encontra o quilo do tomate sendo negociado a quase R$ 7. "Quando está este preço eu deixo e levo outro [produto]. Nós consumidores temos que escolher [o que levar]", diz Valdemar Rodrigues Silva, funcionário público. Para evitar gastos maiores, muitos preferem não levar para casa os itens que compõem a alimentação no dia a dia.
A feirante Vera Lúcia de Almeida explica que em muitos casos é preciso repassar ao consumidor o preço maior dos produtos porque para os adquirir o desembolso também é superior. "Vendemos de acordo com a demanda. Se compra barato vende barato. Se compra caro, vende mais caro", disse.
De acordo com o engenheiro agrônomo, Luciano Gomes, o reajuste já era esperado. "Somos um estado dependente da importação de hortaliças e frutas. Geralmente o comportamento dos preços das hortaliças atende à lei da oferta e demanda", explicou.
Ainda conforme o agrônomo, os preços dos legumes, verduras e outros produtos costumam tradicionalmente subir no verão. "Geralmente temos altas temperaturas e excesso de umidade, onerando custo de produção, pois se precisa realizar mais aplicações de defensivos para manter a qualidade", concluiu.
Produtor rural na comunidade do Limpo Grande, em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, Edelson Pacheco diz que o produtor também desembolsa mais na hora de controlar pragas e doenças nas lavouras e por isso precisa vender mais caro.
"Para você colher uma caixa de maxixe hoje e vender na feira a R$ 25, só com o veneno ou um produto que vai passar para controlar doenças chega o gasto em termos de R$ 150 a R$ 200 reais. Então, fica muito caro", expressou.