Quatro focos de ferrugem asiática da soja já foram detectados em plantas guaxas em Mato Grosso e um em Santa Catarina. Este diagnóstico é preocupante quando se trata da disseminação do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da principal doença da sojicultura. A saída para quem quer ter controle da doença e não amargar prejuízos é monitorar diariamente a lavoura e a região.
Segundo o pesquisador da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), Ivan Pedro, a ferrugem poderá se espalhar mais cedo nesta safra e de forma mais agressiva. “As condições climáticas da entressafra propiciaram o surgimento do patógeno em plantas tiguera (“ponte verde”) em diferentes regiões do Estado. E o que é pior, nestas foram encontradas pústulas viáveis do fungo, o que torna mais preocupante o cenário”.
As principais regiões mato-grossenses que merecem atenção especial de toda classe produtora são: Médio Norte, Parecis, Sul e Vale do Araguaia. Para estas, o pesquisador recomenda, além do monitoramento efetivo da lavoura e da região, o acompanhamento da evolução da doença, planejamento correto das aplicações (“timing”), aplicações preventivas (no florescimento da cultura) e com intervalos mais curtos entre si, principalmente nas cultivares de ciclo médio e tardio, controle químico através de fungicidas, uso das doses recomendadas e tecnologia de aplicação adequada.
Em função das lavouras já estarem instaladas em praticamente todo estado, a principal medida de controle e manejo da doença que deve ser adotada neste momento a fim de minimizar perdas no campo e garantir a produtividade é o controle químico por meio de fungicidas registrados para a cultura.
Orientações fazem parte do Fundação MT em Campo: É Hora de Cuidar. A segunda será realizada de 3 a 6 de dezembro em duas cidades de Goiás e seis de Mato Grosso.