Chega a quatro o número de focos de ferrugem asiática confirmados em Mato Grosso. O fungo está na soja guaxá, ou seja, em plantas que nasceram no perímetro urbano e beira de estrada. Há duas safras que o Estado não registrava casos durante o plantio.
A proliferação é decorrente ao clima úmido. O caso mais recente foi diagnosticado em Campo Novo dos Parecis no dia 22. Para o setor produtivo momento é de alerta e cuidado para não deixar que o fungo chegue até as lavouras de soja. O primeiro caso de ferrugem asiática foi registrado em outubro em Alto Araguaia, segundo dados do Consórcio Antiferrugem. O segundo caso no início deste mês em Lucas do Rio Verde. Nesta semana foram confirmados um caso em Sapezal e Campo Novo dos Parecis, respectivamente.
Dados anteriores do Consórcio Antiferrugem mostram que a última vez que Mato Grosso havia registrado caso de ferrugem asiática no mês de outubro havia sido na safra 2005/2006 e em novembro durante a safra 2009/2010. Na safra 2011/2012 os primeiros focos do fungo no Estado surgiram em dezembro. Já na safra 2010/2011 as confirmações da ferrugem asiática deram início em janeiro, quando a colheita já havia começado. Conforme o gerente técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Luiz Nery Ribas, a alta umidade devido as chuvas levaram o fungo adormecido a eclodir nas plantas nas beiras das estradas. “Já era esperado. Há duas safras que o clima ficava úmido a partir de dezembro, por isso os casos surgiam após termino do plantio e início da colheita. O momento agora é de alerta e cuidado para não deixar que o fungo não invada as lavouras de soja comercial. Ainda não sabemos quantas aplicações de fungicidas serão necessárias”.
O Vazio Sanitário, período proibitivo da existência da soja nas lavouras e perímetros urbanos, ocorreu de 15 de junho a 15 de setembro. Nery Ribas comenta que durante o Circuito Tecnológico Aprosoja 2012, realizado entre 15 e 26 de outubro, deu-se sequência aos trabalhos de conscientização aos produtores quanto a eliminação da soja guaxa. “Este fungo estava adormecido e como a umidade está alta neste momento, devido as chuvas terem vindo mais cedo este ano, ele eclodiu”.