O governo de Mato Grosso mantém a fiscalização da vacinação do rebanho de bovinos contra a febre aftosa na faixa de fronteira com a Bolívia. Onze veterinários e 31 fiscais do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea/MT) vistoriam as propriedades localizadas nos municípios mato-grossenses de Cáceres, Porto Esperidião e Vila Bela da Santíssima Trindade. A intensificação acontece durante o período de vacinação contra a doença.
A segunda etapa de vacinação começou dia 1º de novembro e vai até o dia 30. Bovinos e bubalinos de todas as idades, de mamando a caducando, deverão receber a imunização. Os produtores terão até o dia 10 de dezembro para comunicar a vacinação ao Indea/MT. Mato Grosso possui o maior rebanho bovino e bubalino do País com mais de 29 milhões de animais e há 17 anos mantém o status de zona livre de febre aftosa com vacinação.
As propriedades localizadas na faixa de 15 quilômetros da divisa com a Bolívia, ao longo dos 750 quilômetros da Fronteira seca, fazem a vacinação 100% assistida pelo Indea/MT, que também realiza a contagem e classificação do rebanho, em torno 440 mil cabeças de bovinos e bubalinos existentes na região. É realizado ainda um trabalho de orientação ao produtor sobre as práticas corretas de vacinação.
O Indea investiga também possíveis movimentações irregulares de animais na fronteira, identifica os proprietários que possuem fazenda na Bolívia e no Brasil ou que exerçam alguma atividade agropecuária no país vizinho. O Instituto realiza ainda as vacinações contra brucelose nas propriedades com até 40 animais.
Para custear a atividade são utilizados recursos de um convênio no valor de R$ 404,36 mil, firmado entre o Estado de Mato Grosso e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com o apoio da iniciativa privada, através do Fundo Emergencial de Sanidade Animal de Mato Grosso (Fesa/MT).
O presidente do Indea, Jurandir Ribas, destaca a importância da fiscalização e da vigilância ativa nas propriedades rurais localizadas na região de fronteira. “Esse trabalho é fundamental para consolidar o status do Estado como livre de febre aftosa com vacinação”, salientou.