Agronegócio emprega 201,328 mil trabalhadores em Mato Grosso este ano, 17% a mais que no ano anterior, quando totalizavam 182,769 mil. Cinquenta e dois porcento deles estão empregados diretamente no setor agropecuário em 2012, ou seja, 104,664 mil pessoas. Comparando esse quadro com 2011 (94,540 mil), a alta é de 19%. A análise realizada pelo Imea utilizou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e considera a empregabilidade registrada antes, dentro e depois da porteira. “Toda a cadeia produtiva, dos insumos, que vem antes, e depois, na indústria”, frisa o superintendente do Imea, Otávio Celidonio, apontando que com essa geração de emprego o agronegócio é o motor da economia do Estado. Conforme o estudo, do total de vagas de trabalho no agronegócio, 59,39% são oferecidas fora das fazendas, na indústria de processamento, distribuição e comercialização.
Na agricultura e pecuária o percentual é de 28,8%, e o restante (11,8%) nos insumos, máquinas, implementos e serviços. Considerando essa fórmula de cálculo, no mercado de trabalho como um todo, o agronegócio fica responsável por 26,9% dos empregos, seguido pelos serviços (22,4%) e comércio (20,3%). Avaliando especificamente a geração de emprego dentro dos setores. O estudo do Imea aponta que 71% das contratações no setor industrial estão ligadas a atividades ligadas à agropecuária, já no setor comercial esse percentual chega a 11% e no segmento de serviços é de 1%.
Salários – Trabalhadores rurais e da mecanização mato-grossenses recebem os melhores salários do país, R$ 969 e R$ 1,387 mil, respectivamente. Em outras atividades o Estado também registra alta na remuneração, maior que a média nacional. Agrônomos e veterinários recebiam R$ 3,477 mil, em 2010, e no ano seguinte R$ 3,987 mil, expansão de 17%, enquanto na média brasileira, o aumento foi de 5%.
No intervalo de 1 ano, o salário dos trabalhadores rurais subiu 10% no Estado, saltando de R$ 880 para R$ 969. Nesse mesmo intervalo, profissionais que atual na mecanização tiveram aumento salarial de 13%. Recebiam R$ 1,233 mil em 2010, e R$ 1,387 mil no ano seguinte. Rui Prado, presidente da Famato, lembra que o crescimento na área da plantada no Estado vai demandar mais mão de obra e refletirá no salário, influenciado pela oferta e demanda. Com isso, na avaliação de Prado, o setor rural garante uma melhor remuneração do que no meio urbano.
Brasil – Três atividades registraram alta de 10% nos salários na média nacional. A remuneração dos técnicos saltou de R$ 1,848 mil para R$ 2,032 mil. Já os trabalhadores rurais tiveram variação salarial de R$ 719 e R$ 790, e os mecanizados de R$ 1,107 mil para R$ 1,221 mil.