As exportações do agronegócio, que representa quase 40% do total embarcado pelo país no ano, foram responsáveis pelo superávit da balança comercial no Brasil. O setor exportou US$ 71,2 bilhões no acumulado de janeiro a setembro deste ano, representando um aumento de 0,5% no que foi embarcado no mesmo período do ano anterior, de US$ 70,8 bilhões. Com isso, o saldo da balança comercial do agronegócio também teve aumento, de 2% , passando de US$ 58 bilhões para R$ 59,2 bilhões. Levando em conta que as importações do setor passaram de US$ 12,8 bilhões para US$ 12 bilhões, representando queda de 6,2%.
Os dados foram divulgadas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nesta quarta-feira (24) e apontam que o saldo da balança comercial brasileira ficou positiva em US$ 15,7 bilhões, ante a US$ 23 bilhões pontuados entre janeiro a setembro de 2011. Ao contrário do agronegócio, os demais produtos de exportação tiveram saldo negativo de US$ 43,4 bilhões, resultado do total exportados US$ 109 bilhões e importados US$152 bilhões.
Conforme o relatório, devido o início da colheita nos Estados Unidos impactou negativamente a receita e as quantidades das exportações do agronegócio brasileiro. No mês de setembro, a receita de exportação do agronegócio atingiu US$ 8,7 bilhões, 7,5% inferior ao registrado em setembro de 2011.
A análise do desempenho das exportações de setembro, por destino, revelou que a China foi o principal parceiro comercial do Brasil, com importação de US$ 1,21 bilhão em produtos agropecuários. No acumulado do ano, os embarques à China já somam US$ 15,9 bilhões, o que representa um ganho de 18,9% em cima dos US$ 13,3 bilhões importados pelo mercado chinês no mesmo período de 2011.
As importações de produtos agropecuários pelo Brasil também apresentaram trajetória decrescente ao longo do ano. Esses gastos, acumulados entre janeiro e setembro de 2012, alcançaram o montante de US$ 12 bilhões, valor que representa uma economia de US$ 817 milhões em relação ao mesmo período de 2011. A redução do desembolso se deve principalmente à redução dos preços das commodities.