Mato Grosso continua líder isolado nos abates de bovinos. No primeiro semestre de 2012, o Estado abateu 2,391 milhões de cabeças de bovinos, um volume 13,8% superior às 2,100 milhões abatidas no período em 2011.
Somente no segundo trimestre deste ano (abril a junho), Mato Grosso enviou um plantel de 1,240 milhão de cabeças para serem abatidas, um montante 18,7% superior as 1,044 milhão do período em 2011 e 7,8% a mais que as 1,150 milhão de cabeças do primeiro semestre de 2012.
Segundo a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o aumento do descarte é decorrente da recuperação das exportações e o crescimento do consumo do mercado interno. Além disso, os números provam que o Estado tem como suprir as necessidades de sua demanda. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha.
A pesquisa mostra ainda que em relação ao peso das carcaças o segundo trimestre de 2012 registrou 297,6 mil toneladas, um volume 9,8% superior as 270,8 mil toneladas do primeiro trimestre deste ano e 20% maior que as 248 mil toneladas do período em questão da pesquisa em 2011.
O Brasil abateu 7,62 milhões de cabeças, 7,9% (588,9 mil cabeças de bovinos) a mais que as 7,06 milhões do segundo trimestre de 2011. “O aumento é decorrente da demanda. As exportações estão em recuperação e o consumo interno está crescendo. Poderia ter sido maior o resultado se não houvesse o problema com a Rússia. Conseguimos suprir esta demanda ampliando o descarte de fêmeas”, diz o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. Ele explica que a ampliação do peso deve-se ao uso de tecnologia, suplementação e melhoramento genético que permite abater animais mais jovens e mais pesados.
A pecuária de leite mato-grossense também registrou crescimento, o que a levou a ocupar o oitavo lugar no ranking nacional. No segundo trimestre deste ano foram produzidos 148,63 milhões de litros, um volume 13,3% maior que os 131,150 milhões de litros no período em 2011. Conforme o presidente da Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (Aproleite), Alessandro Casado, as chuvas até início de junho proporcionaram tal incremento, visto a permanência das vacas no pasto ter sido maior.