O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) liberou a licença de uso de beta-agonistas em bovinos. A utilização destes produtos pode melhorar o rendimento do produtor rural.
Os beta-agonistas são classificados como aditivos e devem ser adicionados à dieta dos animais em confinamento. A indicação de uso é de 20 a 40 dias na fase final de engorda. Vale frisar que o produto não é considerado hormônio.
A alteração foi motivada pelo setor privado, para permitir o uso de novas tecnologias na produção animal. A área técnica do Mapa, ao analisar o pleito do setor privado, considerou a conveniência, sua viabilidade e o interesse público, especificamente nos aspectos relacionados à segurança para os consumidores das novas tecnologias.
O analista de Pecuária do Núcleo Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Carlos Augusto Zanata, explica que, segundo o fabricante, o uso correto do aditivo pode aumentar o peso final dos animais entre 14 quilos e 16 quilos. "Nos animais tratados com beta-agonistas, a energia contida nos alimentos é direcionada mais para a produção de carne do que de gordura, promovendo assim um maior ganho de peso e rendimento de carcaça nos animais tratados, quando comparados aos animais não tratados e isso aumenta a rentabilidade do produtor na hora de vender o gado", afirma o analista.
Ainda de acordo com Zanata, países como Estados Unidos, México, África do Sul e outros que adotaram esta prática obtiveram resultados satisfatórios.
União Européia: Segundo Zanata, os produtores que atendem ao mercado da União Européia (UE) devem se atentar quanto ao uso dos beta-agonistas, já que o bloco econômico não permite a utilização destas substâncias em seu território e nem comercializa carne de animais que tenham sido suplementados com o aditivo. "Será necessário que o Brasil tenha um efetivo controle e fiscalização dos confinamentos que usarem o produto, pois a carne produzida nesses confinamentos não poderá ser comercializada para a UE", esclarece Zanata.
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