Com objetivo de avaliar a pecuária brasileira em aspectos como qualidade de pastagens, evolução do rebanho de corte, técnicas de manejo e índices zootécnicos está sendo realizado mais uma vez o Rally da Pecuária. Na semana passada a comitiva esteve em Querência, depois de passar pelo Pará. A viagem técnica de 40 mil quilômetros em nove estados é coordenada por Maurício Palma Nogueira e percorreu ainda as cidades de Água Boa e Primavera do Leste, entre outros municípios que integram o roteiro dos técnicos nessa etapa. Hoje, durante o dia, há visitas em propriedades na região de Cuiabá, sendo que à noite acontece uma palestra sobre mercado para pecuaristas na Famato.
Na terça-feira, a equipe técnica deixará a capital com destino a Pontes Lacerda. Na sequência a equipe visitará propriedades nas regiões de Campo Novo do Parecis e Juína. Na sexta-feira (07) chegará a Rondônia, avaliando pastagens nas regiões de Pimenta Bueno e Ji-Paraná, onde encerra essa etapa com um evento para pecuaristas no sábado (08). Único levantamento in loco das principais regiões de cria, recria, engorda e confinamento do país, o Rally terá cinco equipes técnicas que realizarão encontros e eventos com cerca de 3 mil pecuaristas, colhendo informações para formar uma completa e extensa base de dados, tornando-se assim uma radiografia do setor no país.
Nesta edição o objetivo dos técnicos é dobrar o volume de amostras de pasto colhidas nas propriedades visitadas em 2011 quando foram avaliadas 400 amostras. De acordo com André Pessôa, diretor da Agroconsult, empresa que organiza a expedição junto com a Bigma Consultoria, hoje há dificuldade em obter estatísticas sobre pecuária. Isso porque as estimativas são feitas com pouca pesquisa de campo e os números apresentam-se escassos e até contraditórios.
As informações coletadas durante o Rally Pecuária 2012 serão organizadas e divulgadas para que o mercado conheça o grau de degradação de pastagens e seus impactos no rebanho nacional. As cinco equipes do Rally da Pecuária percorrerão cerca de 40 mil quilômetros em Goiás, Tocantins, Pará, Mato Grosso, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais e São Paulo. No roteiro estão programadas visitas a cerca de 120 fazendas, cujas pastagens serão mapeadas e fotografadas, levando em consideração informações como a homogeneidade do pasto, volume de massa, população de plantas, altura do capim, presença de erosão, plantas invasoras, além de um histórico de utilização dessas pastagens relatado pelos pecuaristas.