Sorriso (460 quilômetros ao norte de Cuiabá), conhecido por disponibilizar a maior área plantada com soja no mundo, mais de 600 mil hectares, encerrou o primeiro semestre como o maior exportador mato-grossense desde ano. A posição que já vinha sendo ocupada nos últimos dois meses se iguala ao fechamento do semestre equivalente de 2010, mas difere-se muito da quinta posição do primeiro semestre de 2011. Beneficiado pela “explosão das exportações de soja em grão” nos últimos meses, o município ampliou a receita dos embarques em 49,77%.
Conforme dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), as exportações de Sorriso passaram de US$ 423,77 milhões no acumulado de janeiro a junho de 2011 para US$ 634,71 milhões. E esse não é o único resultado positivo para a performance do município, o saldo da balança municipal – exportações descontadas as importações – cresceu 49,51%, ao passar de um saldo de US$ 412 milhões para US$ 616,39 milhões.
A configuração do ranking estadual em junho é muito parecida com registrada em maio, a única diferença é que na quinta posição, saiu Cuiabá e entrou Lucas do Rio Verde (360 quilômetros ao norte de Cuiabá). Com a alteração, o ranking deste primeiro semestre – entre os cinco maiores – é liderado 100% por municípios cuja principal atividade econômica é o agronegócio.
Além de Sorriso, destacam-se Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá) US$ 578,07 milhões, seguido por Sapezal (470 quilômetros ao nordeste de Cuiabá), US$ 438,28 milhões, Nova Mutum (269 quilômetros ao norte de Cuiabá), US$ 383,80 milhões e encerrando o ‘top 5’, Lucas do Rio Verde com US$ 337,94 milhões.
MATO GROSSO – Com o avanço dos preços internacionais, especialmente dos produtos que integram o complexo soja, houve a elevação de 26,29% no volume físico embarcado no acumulado dos últimos seis meses. Conforme estatísticas do Mdic, o volume exportado até junho somou 12,68 milhões de toneladas (t), ante, 10,04 milhões/t em igual período de 2011. Soja em grão correspondeu a 61,33% de tudo que foi originado no Estado.
Foram destaques da pauta também a demanda pelo óleo de soja bruto somou receita de US$ 317,71 milhões, ante US$ 179,29 milhões, alta de 77,21%. A carne desossada bovina fresca/refrigerada teve a receita incrementada em 154,85%, passando a US$ 75,40 milhões ante US$ 29,58 milhões. O algodão teve a melhor performance no acumulado dos últimos seis meses, com faturamento ampliado em mais de 970%. A pluma cotada em US$ 30,22 milhões passou a US$ 323,64 milhões.
IMPORTAÇÕES – Se a valorização de quase 30% do dólar frente ao real no período aqueceu as exportações, por outra lado arrefeceu as importações. Mato Grosso encerrou o primeiro semestre de 2012 com queda de 14,69%, de US$ 777,59 milhões para US$ 663,39 milhões. Entre os cinco produtos mais adquiridos pelo Estado, estão os compostos que servem de matéria-prima para a produção de insumos agrícolas, como o cloreto de potássio. Belarus, Rússia e Estados Unidos, seguem como os principais fornecedores mato-grossenses, com negócios de US$ 115,58 milhões, US$ 80,79 milhões e US$ 64,59 milhões, respectivamente.
EXPORTAÇÕES – Avaliando o desempenho mensal das exportações estadual, em junho o faturamento ficou aquém do observado em maio (US$ 1,97 bilhão) ante US$ 1,21 bilhão no mês passado, queda de 38,5%. No entanto, na comparação anual, junho contra junho, a receita foi maior, já no mesmo mês do ano passado foram contabilizados US$ 988,85 milhões, alta de 12,24%.